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A crescente presença dos consórcios no agronegócio brasileiro

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Presente nos mais diversos setores da economia, o sistema de consórcios é um mecanismo que tem contribuído para o desenvolvimento econômico do Brasil em seus diversos segmentos.

Um dos setores onde o mecanismo mais cresceu em 2022 foi o de veículos pesados, que inclui desde de caminhões e implementos até máquinas e equipamentos para agricultura e para a pecuária.

“Atualmente, com pouco mais de 220 mil consorciados ativos, somente vinculados ao agronegócio, os consórcios propiciam a combinação do planejamento financeiro com o agrícola, ao visar a aquisição de bens e serviços pelo produtor rural”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Em um cenário para 2022/2023, a CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil estima uma safra de grãos com crescimento de 15,5% em relação à registrada em 2021/2022. Deverão ser mais 38,42 milhões de toneladas, projetando ultrapassar as 310 milhões.

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O valor bruto da produção da agropecuária de 2022, ainda não encerrado, pode chegar a R$ 1,2 trilhão, o que representaria um crescimento de 2,2% em relação ao ano anterior. Já a receita agrícola pode subir 3,3%, e chegar a R$ 909,3 bilhões.

Ao considerar a importância do Brasil na segurança alimentar global, a Embrapa divulgou estudo onde revela que as exportações do agronegócio brasileiro aumentaram de US$ 20,6 bilhões para US$ 96,9 bilhões, entre os anos 2000 e 2019. Foram 1,5 bilhão de pessoas no mundo que consumiram nossos produtos.

A boa performance do agronegócio baseia-se na produtividade. Historicamente, por volta do século 19, a teoria de Thomas Malthus (1766-1834) apontava que a população cresceria em progressão geométrica, duplicando a cada período de 25 anos. Em contrapartida, a produção de alimentos cresceria em progressão aritmética, isto é, de forma mais lenta.

“Partindo deste raciocínio”, detalha Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC, “teríamos, no horizonte, um cenário de fome e miséria, pois não haveria alimentos para todos”.

Desenvolvida em uma época em que ainda não se vislumbrava o grande progresso tecnológico disponível atualmente, a teoria não levou em conta a melhoria da produtividade nos processos agrícolas, um fator preponderante para aumentar a produção sem a necessidade de grande expansão no uso de terras.

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“Hoje, embora os números de nosso agronegócio sejam animadores”, esclarece Barbagallo, “o ano de 2022 foi caracterizado por uma grande alta nos preços dos insumos, notadamente dos fertilizantes e dos defensivos agrícolas. Diante disso, o agricultor tem buscado a redução de custos em todos os processos que envolvam a produção, tornando fundamental a adoção de novas tecnologias”, completa.

Para muitos produtores, a aquisição de equipamentos se depara com os altos preços. O Sistema de Consórcios, com baixos custos finais, tem parcelas que se adaptam ao fluxo de caixa do produtor, crédito atualizado e poder de compra à vista, o que permite a obtenção de descontos. “Trata-se de um aliado para a compra de equipamentos e serviços que aumentam a produtividade e reduzem as despesas com produção”, sintetiza o economista.

A diversidade de equipamentos aponta, por exemplo, para os drones agrícolas, estimados, hoje, em mais de 2 mil unidades cadastradas. O drone pode ser utilizado para monitoramento das lavouras, verificando as necessidades de adubo, irrigação ou ainda para o controle De pragas. Na pecuária, permite monitorar o rebanho.

“Todos esses benefícios, sem dúvida, se traduzem na redução de custos ao otimizar o uso de produtos, evitando desperdícios”, particulariza Barbagallo, “isto é, embora não seja possível controlar preços de adubos e defensivos agrícolas, o produtor pode maximizar seu uso, tentando compensar, de certa forma, a alta dos preços desses insumos”, complementa.

Por se tratar de equipamentos sofisticados, os drones possuem valores elevados. “Para tanto”, diz Rossi, “a boa notícia é que existem os consórcios para viabilizar a compra, bastando ao produtor verificar as opções disponíveis no mercado, consultar uma administradora de consórcios autorizada pelo Banco Central e adequar o modelo desejado ao crédito oferecido.”

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Outra solução para a redução de custos está na substituição do tradicional consumo de energia. O produtor e/ou o pecuarista podem implantar as placas fotovoltaicas para geração de fonte energética a partir da luz solar.

“Os painéis solares também têm preços elevados, razão pela qual o consórcio também pode ser a alternativa para compra e instalação”, comenta Rossi. Além da economia obtida em até 95% na conta de energia, o produtor se beneficia dos baixos custos de aquisição via consórcio.

O sistema de consórcios proporciona ainda ao produtor ou ao pecuarista a possibilidade de aquisição de equipamentos de irrigação, estação de monitoramento do clima, aviões, grupos geradores, entre outros.

Importante segmento da economia, o agronegócio vem avançando e tornando cada vez mais o Brasil protagonista na produção de alimentos e produtos ligados ao campo, no chamado “antes da porteira”.

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