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Abordagem da psicoterapia promove o autoconhecimento

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Em pleno século XXI a psicoterapia ainda pode ser alvo de incompreensões e tabus, dificultando o acesso aos seus benefícios. Muitas pessoas buscam esse tipo de tratamento por influências externas ou persuasão, e podem não compreender sua verdadeira essência e aplicação. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a necessidade urgente de atenção sobre a crise mundial de saúde mental. O problema foi constatado através de um trabalho detalhado da organização nos últimos anos, que também salientou o aumento expressivo dos casos de depressão de ansiedade devido à pandemia de Covid-19.

No Brasil, o interesse pelo tratamento e prevenção também foi ocasionado pela crise mundial da doença. De acordo com um levantamento, elaborado pelo Instituto FSB Pesquisa, em parceria com a Sul América Saúde, 6 em cada 10 brasileiros que fazem terapia começaram o tratamento durante a pandemia. Mesmo assim, a pesquisa informa que apenas 10% dos entrevistados afirmam ter consultas regulares com psicólogos

Para a psicóloga, escritora e palestrante Silvia Queiroz, um dos pontos centrais da abordagem da psicoterapia é o autoconhecimento. “Não se trata apenas de um conhecimento superficial de si mesmo. Quando os pacientes se abrem e se engajam na compreensão de suas dificuldades emocionais durante um processo psicoterapêutico, a perspectiva se transforma completamente”, explica.

Essas regiões, abordadas no processo terapêutico, são espaços carregados de memórias, emoções e crenças que nem sempre podem ser acessados conscientemente, mas que podem influenciar a maneira como as pessoas reagem e se comportam no dia a dia. “No âmago mais profundo de cada um, naquela parte inconsciente e de difícil acesso, existem questões a serem ressignificadas e compreendidas. É provável que a compreensão dessas questões traga cura e funcionalidade para nossas vidas.

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Diferentes estudos sobre o tema

A psicóloga destaca que a psicanálise de Sigmund Freud é um tratado notável sobre essa vida inconsciente, que não é conhecida em sua totalidade, mas que acompanha o ser humano ao longo da vida. “Além disso, o psicólogo e psicanalista britânico John Bowlby desenvolveu uma teoria fundamental sobre o poder das primeiras experiências de cuidado, apego e afeto em nossas jornadas individuais”, informa.

De acordo com informações do Arquivo Brasileiro de Psicologia, Bowlby enfatiza que todos os seres humanos nascem com a necessidade inata de se apegar e estabelecer vínculos com outros indivíduos, uma vez que a espécie depende do cuidado e do zelo desde o nascimento, diferentemente de outros animais que apresentam maior autonomia nos primeiros momentos de vida.

“Bowlby salienta, em sua teoria, que devido a essa dependência inicial, a figura de um ou mais cuidadores torna-se essencial. A qualidade dos cuidados e dos vínculos estabelecidos é fundamental para uma constituição saudável e adaptada”, explica Silvia.

Ainda segundo Bowlby, durante a infância, todos possuem necessidades fundamentais, como vínculos seguros e saudáveis, reconhecimento e espaço para serem espontâneos, livres e autênticos. Essas necessidades essenciais seriam os pilares que moldam quem cada indivíduo tem o potencial de se tornar. A psicóloga afirma que “no entanto, nem sempre essas necessidades são plenamente supridas. Ao longo da infância e adolescência, as pessoas vivenciam experiências que podem ser interpretadas de forma negativa”.

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A terapia do esquema, um modelo mais recente de terapia cognitivo-comportamental, elaborado e desenvolvido por Jeffrey Young, tem auxiliado muitas pessoas a compreender e reestruturar feridas emocionais do passado e comportamentos desadaptados do presente.

“Na terapia do esquema, proposta por Jeffrey Young, o temperamento individual, combinado às experiências da primeira infância e outros aspectos, como tendências genéticas, devem ser sempre considerados no processo terapêutico”, ressalta Silvia Queiroz.

A psicoterapia é prevista como um dos principais tratamentos para doenças como a depressão e distúrbios de ansiedade. Para obter diagnóstico correto, o acompanhamento com profissionais é fundamental.

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