Caso Willian Bigode e jogadores: especialista em Bitcoin explica erros e alerta golpes

É fato que todos os dias os investidores são quase assediados com nas possibilidades de ganhar dinheiro com o mercado financeiro. Só que não dá para sair atirando para todos os lados sem antes entender sobre determinado assunto. E assim é com o universo dos criptoativos. O especialista no Mercado Financeiro, Felipe Rocha, trás uma perspectiva do segmento.

Prova do problemão que isso pode dar é o caso dos jogadores Gustavo Scarpa e Mayke envolvendo Willian Bigode. Este último, apesar das acusações dos atletas, nega que tenha enganado os craques, que, por outro lado, apontam que caíram em um golpe multimilionário com outras pessoas.

Ao todo, o prejuízo que as vítimas amagram ultrapassa os R$ 17 milhões. Só Gustavo, que hoje está no Nottingham, perdeu mais de R$ 6 milhões.

Mas para o especialista Felipe Rocha, a chance de esse episódio ter sido evitada caso houvesse uma consultoria específica é bem baixa. Isso porque, segundo ele, com o assédio do mercado financeiro em novos investimentos e “promessas mirabolantes” de altos ganhos, muito investidor amador se perde e erra a mão na hora de tomar decisões.

“Muitos desejam investir em criptomoedas, como a Bitcoin, mas não compreendem os conceitos fundamentais nem sobre análise técnica, price action para esse mercado. O Bitcoin é um livro contábil totalmente transparente, se formos falar de fundamentos, e ainda é descentralizado. Ou seja, não há nenhuma autoridade por trás, sendo possível visualizar toda e qualquer transação feita na rede”, explica.

E continua: “O motivo de esse ativo (cripto) ser cada vez mais adotado é que ele vai transformar o sistema monetário da forma como conhecemos para uma forma descentralizada, como ele, por si só, já propõe”.

Para o empresário e especialista no Mercado Financeiro, é importante que todos passem a se inteirar sobre esses temas, antes mais sensíveis só aos economistas, porque “a ideia é que as criptomoedas se tornem um novo dinheiro para, de fato, serem usadas até nas compras e transações do dia a dia”.

“O Bitcoin, diferente do dinheiro fiduciário (tradicional) possui uma limitação de emissão, de que 4 em 4 anos cai pela metade, o que caracteriza a escassez do ativo por um processo deflacionário, mas com demanda crescente”, destaca Felipe Rocha.

Por esse motivo, inclusive, é que o investimento sofre tantas altas expressivas. “O Bitcoin se valoriza em uma curva de 45 graus desde sua criação, apesar da alta volatilidade. Mas, de novo, tem que saber e entender com o que está mexendo para não perder dinheiro e ter a melhor experiência possível”, conclui o especialista.