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Consórcio cresce no primeiro trimestre em razão dos juros altos

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Desde o mês de agosto de 2022 o BCB – Banco Central do Brasil fixou a taxa de juros em 13,75%, o mais alto desde janeiro de 2017 e um dos mais altos do mundo. Esse percentual foi atingido após um ciclo de altas iniciado em março de 2021, com a taxa recorde de 2% para estimular a economia, em meio à pandemia da Covid-19.

Em razão dessa alta, a dificuldade de crédito acaba sendo um problema que afeta muitos consumidores e empresas, em especial nos setores de comércio e serviços, afinal ela influencia todas as outras taxas de juros do País, como as dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

“Nesse contexto, o sistema de consórcio segue sendo uma boa opção de planejamento financeiro para milhões de brasileiros, tanto que fechou o primeiro trimestre de 2023 em ritmo de crescimento, comparado com os resultados de igual período de 2022”, explica Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.

Com o sistema de consórcio é possível o parcelamento integral do bem, a diversidade de prazos para pagamentos, o poder de compra à vista, as possibilidades de obter o crédito por meio de sorteios ou acelerar a contemplação por meio de lances, a oportunidade de formar e ampliar patrimônio e a flexibilidade do uso do crédito.

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A ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios apresentou os resultados acumulados do sistema de consórcio entre os meses janeiro e março de 2023 e os grandes destaques foram as vendas de novas cotas, volume de créditos comercializados, contemplações e volumes de créditos disponibilizados.

“As vendas de novas cotas cresceram expressivos 12,8% no primeiro trimestre, saindo das 886,34 mil do mesmo período de 2022 para 999,40 mil. O grande destaque ficou com o segmento de veículos pesados, que cresceu 32,7% e atingiu a marca de 70,90 mil novas cotas”, diz Salim.

O volume de créditos comercializados saiu dos R$ 55,24 bilhões do primeiro trimestre de 2022 para R$ 68,95 bilhões em 2023, num crescimento de 24,8%. Os destaques ficam com o crescimento de 29,1% do segmento de motocicletas e o valor de R$ 29,30 bilhões movimentados no segmento de imóveis.

As contemplações, ou seja, os consorciados que tiveram a oportunidade de adquirir seus bens no primeiro trimestre de 2023 foram de 398,06 mil, número 10,5% maior que o mesmo período do ano passado. O melhor destaque ficou com o segmento de veículos pesados, que cresceu 25,9% no trimestre, com 17,15 mil contemplações.

Por fim, o volume de créditos disponibilizados para tantas contemplações alcançou a marca de R$ 19,22 bilhões, crescimento de 21,1% sobre os R$ 15,87 bilhões do mesmo período do 2022. O melhor destaque ficou por conta do crescimento de 26% no segmento de veículos leves, com R$ 8,83 bilhões disponibilizados no trimestre.

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O Copom – Comitê de Política Monetária do BCB manteve na sua última reunião, no início de maio, a taxa básica de juros em 13,75%. Mesmo que houvesse uma redução, ela seria mínima e pouco mudaria o contexto econômico no curto prazo.

“Baseado nos ótimos resultados conquistados pelo Sistema de Consórcios, no primeiro trimestre, há perspectivas de o desempenho anual alcançar marcas expressivas, talvez inéditas, em razão do comportamento dos consumidores demonstrado por suas decisões de equilíbrio ao administrar suas finanças pessoais”, finaliza Salim.