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Endodontia ganha espaço na saúde pública nacional

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Grande parte da população sabe que a boca é porta de entrada para muitas bactérias e doenças e que cuidar da saúde bucal vai muito além de um sorriso branco e alinhado. Por isso, o Governo Federal realiza uma pesquisa nacional desde o ano passado para entender as necessidades do povo brasileiro e quais tratamentos deve ofertar em sua maioria nos postos de saúde. O que a prévia dos números mostra é que mais da metade dos brasileiros possuem algum procedimento a ser realizado em seus dentes. Entre esses, se destaca a Endodontia. A especialidade foi aplicada com sucesso na cidade de Jundiaí e trouxe benefícios à população local.

Esse tratamento, mais comumente chamado de “tratamento de canal”, cuida da parte interior do dente e dos problemas que podem acometer a estrutura dental. Muitas pessoas só se preocupam em conhecer essa especialidade quando perdem um dente, sinal de que há um avanço considerável nos problemas bucais da pessoa. Dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO) apontam que o Brasil tem mais de 370 mil dentistas, o que equivale a 20% do número de profissionais no mundo, mas infelizmente algo perto de 15 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Doutor em cirurgia dentária com especialização em práticas endodônticas, Rafael de Lima Matos afirma que os cuidados com a boca deveriam estar presentes na vida dos brasileiros desde a infância. “Cuidar dos dentes desde jovem traz diversos benefícios, como prevenção de cáries, desenvolvimento adequado dos dentes e da mandíbula, prevenção de problemas ortodônticos, melhoria da saúde geral, aumento da autoestima e confiança, além de economia de custos a longo prazo. Escovar os dentes regularmente, ter uma alimentação saudável, limitar o consumo de açúcar, usar fio dental diariamente e visitar o dentista são medidas essenciais para manter uma boa saúde bucal ao longo da vida”, reforça Matos.

O Dr. Matos aponta, inclusive, a existência de técnicas possíveis de serem usadas na saúde pública que trazem melhor custo-benefício aos cofres públicos e ainda liam evolução clínica, mais rápida e menor desgaste do paciente na cadeira do dentista.  “A técnica endodôntica com limas rotatórias e reciprocates oferecem vantagens significativas, incluindo maior eficiência no tratamento, preservação da estrutura dental, precisão aprimorada, menor desconforto para o paciente e resultados mais previsíveis, além de reduzir o tempo necessário para a conclusão do tratamento endodôntico em relação às limas tradicionais”.

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O programa Brasil Sorridente pretende investir 1.6 bilhão de reais em atendimentos odontológicos no país através do SUS. Os números podem parecer astronômicos, mas a realidade do atendimento oferecido à população requer olhares sempre atentos a essa demanda, algo que foi renegado por muito tempo. “Esperamos que a saúde bucal ganhe cada dia mais espaço nas políticas de saúde públicas, pois sabemos que os tratamentos nunca são baratos quando feitos de forma particular”, finaliza Dr. Rafael Matos.