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Especialista explica como as pressões sociais afetam a saúde mental

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Está na natureza do ser humano a busca por pertencimento e reconhecimento social. Querer aprovação e validação é um desejo comum, e a falta de ambos – ou quando se recebe em proporção considerada menor que a devida – surge sofrimento em graus que podem variar com as circunstâncias e de pessoa para pessoa.

Segundo uma pesquisa de 2022 publicada na revista Nature, a pressão social para ser feliz está associada a uma queda do bem-estar individual, especialmente em países com índices elevados de felicidade coletiva. “Precisamos ser produtivos todo o tempo, ter um trabalho que dá prazer, ter uma vida plena, cheia de propósito e felicidade, ter um corpo perfeito, relações satisfatórias, muitos seguidores nas redes sociais, ter conhecimento sobre vários assuntos. Isso gera sofrimento, ansiedade, cansaço”, explica a psicóloga da Vibe Saúde Mariana Fajngold Costa.

Mariana alerta também sobre como isso pode afetar o estado emocional das pessoas. “Essa pressão se torna uma voz interna, extremamente preocupada com o julgamento do outro, e que nos cobra cada vez mais para nos adequarmos a esse julgamento. É como se tivéssemos que nos desdobrar o tempo todo para caber dentro de uma caixa pequena e desconfortável, as pessoas se sentem inseguras, angustiadas, exaustas e sozinhas, o que pode agravar quadros de ansiedade e depressão”, explica.

Além disso, as redes sociais ganharam um papel relevante no reconhecimento e validação do que se gosta, diz e pensa. Por isso, exercem uma pressão significativa, na medida que lançam tendências, formam conjuntos de ideias, crenças, comportamentos e atitudes. Num número crescente de pessoas fica a sensação de que é preciso seguir algum desses modelos ou tendências para que se possa estar “inserido” – ou seja, para ser aceito nos grupos a que se quer pertencer.

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E quando não estiver tudo bem?

A psicóloga dá algumas dicas. “Muita gente pensa: quais caminhos seguir para lidar com tanta pressão? Como mudar de postura se a pessoa só tem buscado por atenção e aceitação, já que a tolerância está cada vez menor, no meio social? E como se conectar com o outro apesar das manifestações de tristeza, sofrimento e outros sentimentos tidos como negativos?”.

Além disso, ela indica ficar atento aos limites e não ultrapassá-los para agradar o outro. E ainda salienta que é importante compartilhar sentimentos e pedir ajuda para pessoas próximas. “Ao invés de deixar as pressões ocuparem todos os espaços e te deixarem sem ação, busque entender a situação real. Problemas tendem a projetar umas sombras maior que eles mesmos, e nós tendemos a ficar de olho nessas sombras. Procure acompanhamento psicológico para ajudar a lidar melhor com essas vozes internas”, aconselha Mariana.

Sobre a Vibe 

A Vibe Saúde possui uma base de mais de 1.4 milhão de clientes. Desde julho de 2020, a startup já captou mais de R$ 100 milhões de investimento liderado pelo fundo de investimento sueco, Cardo Health.  Em maio deste ano, anunciou R$ 35 milhões de investimento na área de saúde da mulher.

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Recentemente, passaram a fazer parte do Conselho Administrativo ou Consultivo da Vibe: Arthur O’Keefe (CEO da Bamboo Capital Markets, com longa passagem como executivo responsável por investimentos da Móvile), Eric Engellau-Nilsson (CEO da Norrsken Foundation, um dos mais importantes fundos de investimento ESG na Europa), e Masha Feigelman (ex-sócia da prática de saúde da McKinsey na Europa e Co-CEO da Cardo Health, investidora na Vibe Saúde).