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Juros do financiamento imobiliário superam 9% ao ano

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O sonho do brasileiro de comprar uma casa própria pode estar ainda mais distante com a alta da taxa de juros bancários para o financiamento imobiliário. Com a elevação da Selic e encarecimento do crédito no país, a taxa do financiamento já supera os 9% ao ano no Bradesco, por exemplo.

A pesquisa foi realizada pela Melhor Taxa entre dezembro de 2021 e julho de 2022 e mostra a evolução da taxa de juros, que aumentou aproximadamente 1 ponto percentual no período. O levantamento foi realizado nas cinco instituições financeiras que correspondem a 90% do crédito imobiliário concedido no país.

A alta das taxas de financiamento ocorreu devido aos aumentos consecutivos da Selic, taxa básica de juros, pelo Banco Central. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.

Para o economista Felipe Bernardi Capistrano Diniz, o financiamento imobiliário só deve ser feito em caso de uma urgência na aquisição de um imóvel. Ele acredita que os juros devem cair no segundo semestre de 2023.

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De acordo com o mapeamento da Melhor Taxa, em dezembro de 2021 a taxa efetiva (a.a.+TR) do segmento de luxo do Banco Itaú, por exemplo, era de 8,3%, e passou a ser de 9,5%, em julho de 2022.

Já o Banco do Brasil foi o que demonstrou maior alta: enquanto em dezembro de 2021 a taxa era de 9,47%, em julho deste ano chegou a 10,52%.

Por outro lado, mesmo com a alta na taxa de juros bancários, a Caixa foi a única instituição financeira que reduziu as taxas. Em dezembro de 2021, a taxa efetiva era de 8,66% e, em julho de 2022, passou para 7,66%.

Depois da Caixa Econômica, os juros do financiamento para compra de imóveis estão mais baratos para clientes do Banco Santander, com 9,49% a.a + taxa referencial, seguido pelo Bradesco Prime que cobra 9,50% a.a + TR.

A Caixa Econômica costuma ter as taxas mais baixas de financiamento por ser um banco que possui uma grande captação de poupança, e com isso consegue emprestar dinheiro com juros menores, diz Felipe Bernardi Diniz. O Banco do Brasil, apesar de ter o governo federal como seu principal acionista, não tem em seu foco o financiamento, já que não arrecada o mesmo montante de recursos.

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Apesar das altas dos juros, vemos que a tarifa de avaliação diminuiu, conclui Felipe Diniz. “Há seis meses, a mais barata era de R$ 3.100 e passou para R$ 1.850 em um dos bancos. Já a mais cara atualmente é de R$ 2.115.” A mudança ocorreu após uma resolução do Banco Central que determinou um teto para os valores.