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Setor de seguros deve manter índices em 2023

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Projeções da CNSeg indicam que o setor de seguros no Brasil deve seguir alta de dois dígitos no Brasil em 2023. Segundo estudo da instituição, o crescimento deve chegar a cerca de 10%, o que considera um crescimento do PIB por volta de 2,2%, superior às projeções do Banco Central para 2023, por volta de 0,8%. As projeções consideram a aprovação da PEC da Transição.

Dados do setor indicam que o crescimento em 2022 chegou a 16,2%, números altos em tempos ainda pandêmicos no Brasil. De acordo como o Susep, no ano passado, o destaque foi para os setores de automóveis e rural, com crescimento de 33% em relação ao ano anterior.

Cintia Batistim Silva, especialista no tema, comenta as perspectivas do segmento a partir de seu ponto de vista. Para ela, as perspectivas são positivas para o segmento no ano de 2023.

Como vê as expectativas para o setor de seguros neste ano que se inicia?

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A performance do setor de seguros de automóveis está diretamente vinculada à venda de veículos e a situação econômica. Segundo a CNSEG, as perspectivas de crescimento são de 10%, considerando-se uma projeção de crescimento do PIB, aumento da renda das famílias (com os programas sociais), aumento do investimento público e, consequentemente, da atividade econômica. Portanto, positivas.

Por que razão há um otimismo para este segmento?

Ainda que tímida, há projeções de crescimento nos indicadores econômicos além do crescimento nas vendas de veículos (projeção de 5% pela Anfavea), aos quais a venda de seguro auto está diretamente ligada. Como hoje, no mercado brasileiro, há uma frota não segurada significativa que, em parte, se deve à falta de capacidade financeira para pagar o seguro, o impacto do aumento da atividade econômica e da renda familiar contribui, e muito, para a ampliação do mercado potencial de seguros e de suas efetivas vendas.

Segundo o Serasa, a projeção de taxa de juros SELIC permanece em queda em relação a 2022, ainda sendo de 2 dígitos, mas menor. Menor taxa de juros resulta em maior oferta de crédito, que, por sua vez, aquece o mercado de venda de veículos.

De que maneira as incertezas em relação ao cenário econômico brasileiro podem impactar esta confiança no setor?

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Da mesma maneira que, com base nas projeções e nas apostas do novo governo, se projeta um crescimento de 2 dígitos, a não efetivação de cenários de geração de emprego, programas sociais de renda, investimentos, impacta diretamente e provoca uma revisão dos números.

A taxa de juros projetada, em queda, viabiliza a compra ou troca de veículos e, consequentemente, a oferta de seguros, portanto, caso não se efetive, resultará em menos crédito disponível e, portanto, menos pessoas com acesso ao crédito para viabilizar a compra do veículo.

Para o mercado brasileiro, ainda, com a saída de algumas montadoras e a comercialização de veículos e motos importadas, a oscilação cambial pode ser outro ponto de impacto importante, que influencia no valor final dos veículos e sua disponibilidade para compra.

Em janeiro, segundo o FMI, já é possível observar uma perspectiva positiva, com aumento da projeção do PIB em 0,2 e venda de veículos quase 12% acima de jan/22, segundo Fenabrave.

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