Brasil
Em Recife, festival debate jornalismo de causas

O Instituto Fala! promove a partir do próximo dia 21, em Recife (PE), a quarta edição gratuita do Fala! – Festival de Comunicação, Culturas e Jornalismo de Causas, que se estenderá até o dia 23 deste mês, com atividades realizadas no Centro Cultural Cais do Sertão.
As inscrições para participar presencialmente estão abertas no site do Sympla, onde pode ser acessada também toda a programação. As duas primeiras edições, em 2020 e 2021, ocorreram de forma remota na plataforma digital do Sesc São Paulo. A terceira, no ano passado, foi realizada presencialmente em Salvador (BA).
O cofundador e coorganizador do Fala! – Festival de Comunicação, Culturas e Jornalismo de Causas, Antonio Junião, disse nesta sexta-feira (15) à Agência Brasil que a expectativa é atingir mil inscritos. Quem não puder acompanhar diretamente as atividades poderá assistir os conteúdos das mesas de debate e rodas de conversa, que serão gravados e disponibilizados posteriormente no canal do You tube do Instituto Fala!. A estimativa é que, um mês após o encerramento do evento, as gravações estejam liberadas, segundo Junião.
Causas sociais
O objetivo desta edição é continuar a discussão iniciada em 2020 sobre trazer à tona o jornalismo que as mídias independentes, como Alma Preta (SP), Marco Zero Conteúdo (PE), 1 Papo Reto (SP) e Ponte Jornalismo (SP) iniciaram, que é o jornalismo ligado a causas, que englobam causas sociais, direitos humanos, equidade de direitos.
“O objetivo desse festival é continuar essa discussão e, também, abordar como as outras formas de expressão podem contribuir para o jornalismo que a gente faz. Como a cultura, a arte, a poesia podem contribuir”, disse Antonio Junião.
No jornalismo que o Instituto Fala! faz hoje em dia há muito dialogo com movimentos sociais. “Porque a gente procura levar o microfone a todos os territórios. A gente fala não só com organizações e instituições, mas fala também com as pessoas que estão na franja da sociedade e que têm contribuições a dar também. Isso inclui os movimentos sociais e culturais que trabalham com comunicação, que estão nos territórios atuando e não têm espaço para mostrar a produção do conhecimento que eles podem trazer”, disse o coorganizador do festival. Daí o Instituto levar uma gama variada de pessoas para dialogar no evento.
Fora do eixo
A escolha da capital pernambucana para sediar a quarta edição do Fala! – Festival, tal como ocorreu no ano passado, com Salvador, teve por objetivo sair do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, onde ocorre a maioria dos encontros de jornalismo. “O Brasil é um país de dimensões continentais e a gente precisa sair desse eixo, até para dar mais espaço para pessoas, culturas, rostos e vozes falarem. Por ser um festival preocupado em dar atenção a outras vozes, a gente resolveu diversificar as regiões. Por isso, a escolha de Salvador, cidade negra, e Recife.“
Mãe Beth de Oxum. Foto: – Divulgação
Antonio Junião informou que embora ainda esteja em processo de discussão, a cidade de Belém (PA) deverá ser escolhida para sediar o próximo festival, em 2024. Alguns coletivos e organizações de Belém vão participar do encontro em Recife. “É uma construção que está bem encaminhada”. A intenção é descer também para outras regiões do país, além do Norte e Nordeste.
Para abrigar mais ações além do festival, foi criado o Instituto Fala! que este ano já lançou editais de jornalismo. Embora esteja baseado em São Paulo, a ideia é que o instituto seja itinerante, informou Junião.
Destaques
A programação inclui oficinas, performances artísticas, rodas de conversas e mesas de debate. Já confirmaram presença a comunicadora popular e patrimônio vivo de Pernambuco Mãe Beth de Oxum, o poeta Akins Kintê, as jornalistas Ana Maria Veloso, Flávia Lima e Karla Mendes, a educadora Ana Flor, a compositora Bell Puã e o cineasta indígena Takumã Kuikuro.
Karla Mendes Foto: – Fábio Nascimento/ Divulgação
Serão colocadas em discussão as diferentes linguagens do cotidiano, como slam (declamação de versos em espaço público), literatura, teatro, música, artes visuais e cinema, tendo a diversidade de territórios e de saberes como premissa central. Outros temas a serem trabalhados incluem sustentabilidade das organizações, mudanças climáticas, racismo estrutural e ambiental, direito à cidade, genocídio preto, indígena e periférico, e acessibilidade.
Também serão apresentados ao público os trabalhos de reportagem e produção audiovisual dos quatro coletivos de comunicação de Salvador e sua região metropolitana: A Voz do Axé, Entre Becos, Kalifa LXXI e Raízes BA, selecionados por edital anunciado no final da última edição, em 2022, na capital baiana.
Homenagem
Na abertura oficial do festival, no dia 21, a partir das 18h30, será feita homenagem ao poeta e cronista da capital pernambucana Miró da Muribeca, falecido no ano passado.
“Muito popular no Recife, ele trazia uma produção que tinha muito a ver com literatura mas, também, com a crônica do dia a dia da cidade. A gente vai fazer um paralelo entre a produção de Miró e o que a gente constrói dentro desse tema de jornalismo de causas. As proximidades das coisas e como a arte e a cultura podem caminhar juntas do jornalismo”.
No segundo dia (22), os trabalhos começam às 10h. Haverá mesa-redonda sobre Comunicação e ancestralidade: memória e linguagem para a transformação, mediada por Rosenildo Ferreira, jornalista e fundador do portal de notícias 1 Papo Reto.
Os convidados abordarão o papel do jornalismo para conectar o passado ao presente e contarão como memória e subjetividades moldam as narrativas do agora, abordando temporalidades que compõem os textos noticiosos e ficcionais. À tarde, será realizada a oficina Jornalismo e outras formas de contar histórias, apresentando como o jornalismo pode se utilizar da literatura, poesia falada, teatro e do slam para inovar em narrativas.
No sábado (23), último dia do festival, iniciando as atividades, haverá apresentação do artista, bailarino, capoeirista, professor, pesquisador em dança e cultura afro do Recife, Orun Santana. A terceira mesa de debates, intitulada Território como meio e mensagem da comunicação posicionada, abordará os desafios colocados a comunicadores e pesquisadores que produzem conteúdos e narrativas a partir de seus próprios territórios.
À tarde, a oficina Grana e Afeto vai discutir as relações financeiras estabelecidas por indivíduos ou por coletivos, que podem ser determinantes na reprodução de um sistema desigual ou na luta contra esse mesmo sistema. O encerramento do evento está previsto para as 17h30, no Umbuzeiro, com a presença da diretoria do Instituto Fala!.
Em seguida, o local abrigará a última intervenção artística dessa quarta edição do festival, em um encontro entre o Som na Rural – veículo automotivo de comunicação urbana, a musicista Mãe Beth de Oxum e a cantora Rayssa Dias.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
Brasil
Governo investe em dragagem de rios no Amazonas e em Rondônia

Os ministérios dos Transportes e de Portos e Aeroportos vão destinar cerca de R$ 140 milhões para dragagem nos rios Madeira e Solimões. Ambos são importantes vias fluviais de escoamento de cargas e produtos da região, inclusive a Zona Franca de Manaus, e de transporte de pessoas.
A dragagem de um rio consiste em remover sedimentos e resíduos decantados no fundo, que reduzem sua profundidade e prejudicando a navegabilidade. Ao dragar um rio ou outro corpo d’água, a profundidade é ampliada, facilitando o trânsito de embarcações.
Os ministros das duas pastas, Renan Filho (Transportes) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) assinaram nesta terça-feira (26) a ordem de serviço que autoriza a dragagem trecho de oito quilômetros do Rio Solimões, entre Tabatinga e Benjamin Constant, no extremo Oeste do Amazonas.
A intenção, segundo o governo, é combater o risco de desabastecimento da população local e reduzir os impactos econômicos da seca registrada nos estados do Amazonas e Rondônia. “Não são os rios inteiros que estão assoreados, impedindo a navegação. O que existe são pontos críticos que precisam ser removidos para as embarcações passarem e garantir o escoamento da produção e a chegada de insumos”, afirmou Renan Filho.
As obras estão previstas para começar ainda nesta semana e devem durar 45 dias.
Uma segunda ordem de serviço será assinada em até duas semanas, prevendo a autorização da dragagem de dois pontos críticos de navegação no rio Madeira, na região do Tabocal, próxima à capital Manaus, e na foz do rio, em Itacoatiara. O recurso reservado para essa ação é de cerca de R$ 100 milhões.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
Brasil
Falha em parques eólicos e solares no CE causou apagão de agosto

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontou que a principal causa para o apagão ocorrido no Brasil no dia 15 de agosto foi uma falha no desempenho de equipamentos de parques eólicos e solares, localizados próximos à linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II, no Ceará. Na ocasião, cerca de 29 milhões de brasileiros em quase todo o país ficaram sem energia.
De acordo com relatório, divulgado nesta terça-feira (26) pelo órgão, os equipamentos responsáveis pelo controle de tensão funcionaram abaixo do ideal.
“A análise da perturbação permitiu constatar que o desempenho dos controles em campo, de usinas eólicas e solares, em especial no que tange à capacidade de suporte dinâmico de potência reativa, foi muito aquém dos modelos matemáticos fornecidos pelos agentes e representados na base de dados oficial de transitórios eletromecânicos”, diz o relatório do ONS divulgado nesta terça-feira (26).
O operador informa que a diferença entre o desempenho dos equipamentos e as simulações “não permitiu ao ONS identificar os riscos relacionados ao cenário operativo pré-distúrbio”, que provocou a queda de energia.
Com a divulgação do documento, chamado de Relatório de Análise de Perturbação (RAP), agentes do sistema elétrico poderão manifestar-se. O relatório será finalizado até o dia 17 de outubro.
Relembre o caso
O blecaute afetou 25 estados e o Distrito Federal. A interrupção começou às 8h30 do dia 15 de agosto, com queda no fornecimento de 19 mil megawatts, cerca de 27% da carga total (73 mil MW) naquele horário.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste o serviço foi restabelecido quase que integralmente em menos de uma hora. Já na Região Nordeste, a recuperação demorou mais. Foram necessárias três horas para restabelecer apenas 70% da carga afetada. O impacto foi ainda maior na Região Norte, com recuperação da carga em cerca de sete horas.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
Brasil
Mega-Sena acumula; prêmio chega a R$ 5,2 milhões

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do prêmio da faixa principal do concurso 2.637 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite desta terça-feira (26), no Espaço da Sorte, na cidade de São Paulo.
Os números sorteados são os seguintes: 01 – 02 – 10 – 32 –34 – 59.
O prêmio acumulado está estimado em R$ 5,2 milhões. O sorteio do concurso 2.638 será realizado nesta quinta-feira (28), às 20h (horário de Brasília).
A quina teve 36 acertadores, cada um vai receber R$ 35.309,01. Já a quadra registrou 3.112 apostas vencedoras, cada ganhador vai receber um prêmio de R$ 583,51.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
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