Mundo
Lula assina acordos de defesa, educação e agricultura com Vietnã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (25) – em visita oficial – o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Mihn Chinh, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Durante o encontro, representantes dos dois governos assinaram quatro instrumentos bilaterais.
Em declaração à imprensa após a reunião, Lula disse que aceitou convite para ir a Hanói, capital vietnamita, em 2024, celebrar os 35 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e o Vietnã.
O primeiro documento assinado hoje foi um acordo de cooperação educacional, que, segundo Lula, vai possibilitar a mobilidade de estudantes entre os países. “Mais de 18 mil estudantes, de 71 países, já participaram dos programas do governo federal de graduação e pós-graduação para estrangeiros”, destacou o presidente.
Na área de agricultura, foi firmado um plano de ação para ampliar a cooperação entre os dois países. “Ele vai permitir avançar na abertura do mercado vietnamita para novos produtos agropecuários brasileiros”, disse Lula.
Também foi firmado um memorando de entendimento na área de defesa, que visa abrir caminho para exportações de produtos como aeronaves, e foi adotado um plano de trabalho para cooperação entre academias diplomáticas.
Segundo o presidente da República, estão avançadas as tratativas para cooperação na área de ciência, tecnologia e inovação.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, irá ao Vietnã em novembro para fazer a primeira reunião da Comissão Conjunta de Ciência e Tecnologia. “Há potencial para iniciativas conjuntas em inteligência artificial e startups”, explicou.
Governança global
O presidente Lula agradeceu o apoio do Vietnã ao pleito do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O tema vem sendo recorrente na agenda presidencial. Lula defende maior representatividade de países em desenvolvimento nas instâncias multilaterais.
“Somos dois países do Sul Global comprometidos com a paz, o multilateralismo, o desenvolvimento sustentável e o combate à fome e à pobreza. Desejamos maior representatividade na governança internacional”, destacou Lula.
“Todo mundo sabe o desempenho que o Brasil está fazendo, há muito tempo, para que a gente possa ter uma governança global mais ativa, mais representativa e com muito mais poder decisório, sobretudo quando se trata de conflitos ou da questão climática”, acrescentou o presidente.
Comércio
É a primeira visita de uma alta autoridade vietnamita ao Brasil em 15 anos. Além dos temas da agenda bilateral, os mandatários abordaram questões regionais, como a aproximação entre a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) e o Mercosul.
Segundo Lula, foi discutido o interesse do Vietnã de celebrar um acordo comercial com o Mercosul. Ele se comprometeu a levar o tema a parceiros sul-americanos, aproveitando a presidência brasileira no bloco.
“É do nosso interesse aproximar o Mercosul da Asean. Os países do Sudeste Asiático correspondem a quase 6,5% do PIB [Produto Interno Bruto] mundial em paridade de poder de compra. As exportações brasileiras para o conjunto de países do Sudeste Asiático já somam metade do que exportamos para a União Europeia”, acentuou.
Em breve, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve ir à Indonésia para discutir um plano de ação para a cooperação entre o Brasil e a Asean.
Em 2022, o comércio bilateral atingiu o recorde de US$ 6,4 bilhões. As exportações brasileiras somaram US$ 3,4 bilhões e as importações ultrapassaram US$ 2,9 bilhões. O Brasil é o principal fornecedor de soja e carne suína e o segundo maior de carne de frango e algodão para o Vietnã.
“O Vietnã é o sexto maior mercado de produtos do agronegócio brasileiro. Queremos expandir esse fluxo, e também diversificá-lo, com mais produtos de alto valor agregado”, garantiu Lula.
Ainda nesta segunda-feira, o primeiro-ministro Pham Minh Chinh fará uma palestra no Itamaraty sobre as perspectivas do Vietnã sobre o Brasil e o mundo.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
Mundo
Mais um grupo de repatriados de Gaza chega ao Brasil

Mais um grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Cairo, capital do Egito, às 19h03 (hora local) de domingo (10) e pousou às 3h47 na Base Aérea de Brasília, onde o grupo foi recebido por autoridades brasileiras. Foram cerca de 15 horas de voo.
O grupo é formado por 48 pessoas, sendo 11 com dupla cidadania (Brasil-Palestina) e 37 palestinos, parentes de cidadãos brasileiros. São 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres, incluindo duas idosas, e quatro homens adultos. Uma jovem de 22 anos que já estava no Egito se juntou aos resgatados de Gaza e embarcou neste mesmo voo. Ela é filha de uma das integrantes do grupo de repatriados em Gaza.
No último sábado (9), eles receberam autorização para cruzar a fronteira de Rafah, no sul de Gaza, em direção ao Egito, de onde seguiram de ônibus até o Cairo. Na capital egípcia, foram recebidos por diplomatas brasileiros na capital do país e embarcaram para o Brasil.
Segundo o Itamaraty, da lista de 102 pessoas enviada pelo Brasil às autoridades israelenses, 24 não tiveram autorização para cruzar a fronteira, incluindo sete plaestino-brasileiros. A maioria dos barrados é de homens. O governo brasileiro não soube informar os motivos deles terem sido impedidos, por Israel, de atravessar a fronteira. No momento, segundo o Palácio do Planalto, não há previsão de novo voo de repatriação.
“Em um primeiro momento, eles ficarão de dois a três dias aqui em Brasília. A primeira etapa é do apoio psicológico, de imunização, de estabelecer contato com familiares e parentes e a questão da documentação. Alguns vão para as casas de familiares e amigos. Os que estiverem sem referência serão abrigados no Sistema de Assistência Social em instituições em que tenham todo o apoio de acolhimento e alimentação. Um suporte para reconstituírem a trajetória, já que vêm de uma situação bastante complexa”, afirmou o secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), André Quintão.
Uma das repatriadas que desembarcou em Brasília é Yasmeen Rabee, irmã de Hasan Rabee, que veio antes com a esposa e os filhos em outro voo que trouxe brasileiros de Gaza.
“Bombardearam nossa casa, ficamos sem comida e sem um lugar fixo para morar”, disse Yasmenn, que veio agora com a mãe. Perguntada sobre a situação em Gaza, a principal zona de ataques, ela se emocionou. “A situação é terrível, você dorme sem saber se vai acordar. Perdi muitos amigos, minha tia e os filhos dela”, relatou.
No dia 13 de novembro, após dias de tensão e negociação, os primeiros 32 brasileiros resgatados de Gaza desembarcaram no país, ocasião em que foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília.
Voltando em paz
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, o governo brasileiro já retirou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses, incluindo 53 animais domésticos. No total, a FAB já realizou 11 voos de repatriação por meio da Operação Voltando em Paz.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
Mundo
Milei diz que ajuste fiscal é única alternativa para a economia

O recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, fez seu primeiro discurso na frente do Congresso Nacional, onde foi declarado presidente na manhã de hoje (10). Em suas primeiras palavras, ele destacou que hoje se inicia um novo momento em seu país.
“Hoje começa uma nova era na Argentina. Hoje damos por terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o caminho de reconstrução do país”, disse ele.
“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Hoje enterramos décadas de fracasso e disputas sem sentido. Hoje começa uma nova era na Argentina, uma era de paz e de prosperidade, de crescimento e de desenvolvimento, de liberdade e de progresso”, destacou.
Para uma multidão de pessoas, que vestiam principalmente a camisa da seleção argentina, Milei falou por cerca de 30 minutos e enfatizou que será preciso paciência da população, porque o ajuste fiscal a ser feito deverá ser difícil no início.
“Não há alternativa possível que não seja o ajuste. Logicamente isso vai impactar no nível de atividade, emprego, salários reais e na quantidade de pobres e indigentes. Haverá inflação, é certo. Mas não é algo diferente do que ocorreu nos últimos 12 anos”.
“Há mais de uma década vivemos com essa inflação. Esse será o último momento ruim para começar a reconstrução da Argentina”, disse ele. “Depois desse ajuste macro que vamos impulsionar, a situação começará a melhorar. Haverá luz no final do túnel”, enfatizou.
Esse ajuste na economia, declarou Milei, será feito essencialmente sobre o setor público: “a única possibilidade é o ajuste. Um ajuste organizado, que entrará com força sob o Estado e não no setor privado. Sabemos que será duro”, falou.
Segundo o novo presidente, a Argentina viveu, em seus últimos anos, uma grave crise e uma grande inflação. “Nenhum governo recebeu uma situação pior do que estamos recebendo.”
“Lamentavelmente tenho que dizer uma vez mais: não há dinheiro.”
Emergência
Ele também destacou que a crise argentina não se dá somente no setor econômico, mas atinge também as questões de saúde, de educação e de segurança. “Em todas as esferas, a situação da Argentina é de emergência”.
No entanto, disse ele, seu novo governo vencerá essas dificuldades. “Sabemos que, a curto prazo, a situação vai piorar. Mas depois veremos os frutos do nosso esforço, tendo criado as bases para um crescimento sólido e sustentável. Sabemos que nem tudo está perdido. Os desafios que temos são enormes. Mas temos capacidade para superá-los. Não será fácil, 100 anos de fracasso não se desfazem em um único dia. Mas começam em um dia e hoje é esse dia”.
Ao final de seu discurso, Milei declarou ainda que não vai perseguir opositores. “A todos os dirigentes políticos e sindicais, nós os receberemos com braços abertos”, disse.
Após discursar, Milei seguiu em carro aberto para a Casa Rosada, tendo sido saudado por diversos apoiadores que acenavam para ele nas ruas da capital argentina.
Na Casa Rosada, Milei deverá receber chefes de Estado, como o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, que esteve presente em seu discurso feito na frente do Congresso.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não estará presente na posse e enviou o chanceler Mauro Vieira para participar do evento.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
Mundo
Novo grupo de repatriados de Gaza chegará ao Brasil nesta madrugada

O segundo grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegará ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Cairo, capital do Egito, às 19h03 (hora local) e deve pousar às 3h20 na Base Aérea de Brasília.
O grupo é formado por 48 pessoas. Ontem (9), eles receberam autorização para cruzar a fronteira de Rafah em direção ao Egito, onde foram recepcionados por diplomatas brasileiros e embarcaram neste domingo (10) para o Brasil.
Segundo o Itamaraty, 24 pessoas que estavam na lista enviada pelo Brasil não tiveram autorização para cruzar a fronteira.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, o governo brasileiro já retirou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses. No total, a FAB já realizou 11 voos de repatriação por meio da Operação Voltando em Paz.
O primeiro grupo resgatado chegou ao país no dia 13 de novembro, também em um voo que saiu do Cairo em direção ao Brasil. Na ocasião, desembarcaram em Brasília 22 brasileiros e seus familiares palestinos.
As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.
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