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Política

Lula defende busca na casa de Bolsonaro para explicar compra de imóveis

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste sábado (10) que investigadores entrem na casa do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o político explique “as casas que ele comprou em dinheiro vivo”. A ação sugerida por Lula seria semelhante a uma busca e apreensão feita pela polícia contra o petista e dois de seus filhos  alvos de operações policiais a partir de 2015.

O UOL revelou que a família Bolsonaro adquiriu 107 imóveis nas últimas décadas, sendo 51 com uso de dinheiro vivo. Os valores transacionados em espécie no período todo somam R$ 25 milhões, quando corrigidos pela inflação.

Hoje, Lula disse em redes sociais que sua família foi investigada e que “foram” na casa dos seus filhos. “Toda a minha família, quando foi denunciada, foi investigada”, afirmou o candidato do PT. “Foram na casa dos meus filhos e não acharam nada.”

“Tem que ir na casa do Bolsonaro para ele explicar as casas que ele comprou em dinheiro vivo.”
Lula

Nós vamos acabar com os sigilos de 100 anos do Bolsonaro. Toda a minha família, quando foi denunciada, foi investigada. Foram na casa dos meus filhos e não acharam nada. Têm que ir na casa do Bolsonaro para ele explicar as casas que ele comprou em dinheiro vivo.

— Lula 13 (@LulaOficial) September 10, 2022

O petista ainda defendeu o fim dos sigilos de 100 anos decretados por Bolsonaro. O presidente colocou sigilo na lista de visitantes do Palácio da Alvorada, por exemplo.

PF fez buscas em casos de corrupção

Em 2015, a Polícia Federal fez busca e apreensão em endereços de Luís Cláudio Lula da Silva, um dos cinco filhos do petista. A Operação Zelotes buscava provas sobre suspeitas de corrupção de montadoras de veículos que tentavam reduzir seus impostos com Medidas Provisórias.

Em 2016, a residência de Lula foi alvo de mandado de buscas na 24ª fase da Operação Lava Jato. A suspeita é que ele havia ganhado um apartamento triplex e um sítio em troca de benefícios a empreiteiras que atuavam na Petrobrás.

Em 2017, o filho mais velho do petista, Marcos Lula da Silva, sofreu busca da Polícia Civil por suspeita de portar drogas.

Justiça arquivou processo em que Lula foi condenado

As investigações e julgamentos contra Lula terminaram. Lula foi condenado por corrupção no processo do apartamento triplex por três instâncias e no do sítio, por duas. Ficou mais de um ano preso e foi impedido de concorrer nas eleições de 2018 contra Bolsonaro, por causa da Lei da Ficha Limpa.

Mas, em 2021, o Supremo Tribunal Federal, considerou que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha atribuição regional para julgá-lo. Os ministros mandaram os processos para a Justiça de Brasília. Isso fez tudo ser arquivado por excesso de demora nos processos, a chamada “prescrição”.

Clã Bolsonaro não foi julgado por “rachadinhas”

No caso de Jair Bolsonaro, as revelações sobre suspeitas de dinheiro vivo e desvio de verbas —- as chamadas “rachadinhas” —- nunca chegaram a julgamento. Possíveis crimes de peculato ligados a seus filhos geraram investigações e denúncias do Ministério Público do Rio de Janeiro. Não houve julgamento do conteúdo das denúncias. E nenhuma apuração foi aberta em relação ao presidente, cuja mulher recebeu cheques do operador do mesmo esquema apontado pelo MPRJ, o ex-policial Fabrício Queiroz.

O procurador-geral da República Augusto Aras afirmou ao UOL que só abriria apuração sobre Bolsonaro depois que ele deixasse o mandato.

O UOL mostrou que parte dos imóveis negociados em dinheiro vivo fazia parte das investigações do MPRJ sobre Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho mais velho do presidente.

Presidente mudou discurso sobre dinheiro vivo

Jair Bolsonaro fez dois tipos de comentários sobre o uso de dinheiro vivo na compra de imóveis de sua família revelado pelo UOL. Primeiro, em 30 de agosto, ele disse que não havia nenhum problema em fazer compras em espécie. “Qual o problema de comprar com dinheiro vivo?”, afirmou o presidente aos repórteres.

A declaração já era um pouco diferente da de janeiro de 2018. Naquele ano, ele associou o uso de “cash” a suspeita de crimes. “Levar em dinheiro não é o caso”, afirmou Bolsonaro à Folha de S.Paulo. “Pode ser roubado. Tira do banco direto e manda para lá. Eu não guardo dinheiro no colchão em casa.”

O segundo comentário foi em 6 de setembro deste ano. Bolsonaro fez um segundo comentário sobre o uso de dinheiro vivo na compra de imóveis. Desta vez, afirmou à rádio Jovem Pan que o UOL errou ao associar a expressão dos cartórios “moeda corrente” a recursos em espécie: “Comprar imóveis em moeda corrente não é dinheiro vivo”, argumentou.

Mas cada uma das 51 transações com dinheiro vivo estava amparada em documentos e entrevistas. Os papeis e demais provas foram exibidos pela reportagem aqui.

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Após cirurgia, Lula vai despachar do Alvorada por 4 semanas

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Após cirurgia, Lula vai despachar do Alvorada por 4 semanas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será internado na manhã desta sexta-feira (29), em Brasília, para ser submetido a uma cirurgia no lado direito do quadril, em razão de uma artrose na cabeça do fêmur, que é um desgaste na cartilagem que reveste as articulações, o que causa dores e até limitações de movimento.

O procedimento restaurador, chamado de artroplastia do quadril, será realizado no mesmo dia da internação, na unidade do Hospital Sírio-Libanês da capital federal, segundo informou a assessoria do presidente. A cirurgia, com anestesia geral, deve durar algumas horas, e Lula ficará internado no hospital até a terça-feira (3). Não há previsão de que o vice-presidente Geraldo Alckmin assuma a Presidência da República nesse período.

Quando tiver alta do hospital, o presidente vai para o Palácio da Alvorada, residência oficial, de onde também despachará ao longo de 4 semanas, enquanto se recupera totalmente da cirurgia. A assessoria de Lula também informou que o presidente não fará nenhuma viagem no período de 4 a 6 semanas após a cirurgia. O próximo giro internacional do presidente deve ser a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no fim de novembro, seguida de uma visita à Alemanha, no início de dezembro.

Cirurgia

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), o quadril é uma articulação formada por um conjunto de ossos, músculos e ligamentos que unem a pelve (bacia) ao fêmur (coxa), possibilitando a sustentação de peso do corpo e garantindo um caminhar estável e harmônico.

A cirurgia a que Lula será submetido, chamada artroplastia do quadril, substitui a articulação do quadril doente por uma articulação artificial, conhecida como prótese. A articulação desgastada é substituída por componentes metálicos e plásticos, compondo um novo quadril.

Ainda segundo o Into, o procedimento deve proporcionar o alívio da dor provocada pela artrose; a correção de deformidades; e a recuperação do movimento da articulação, promovendo o retorno às atividades diárias e de locomoção, como sentar, andar, subir e descer escadas.

As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.

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Política

Governo quer pagar compensação de perdas com ICMS até novembro

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Governo quer pagar compensação de perdas com ICMS até novembro

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, nesta segunda-feira (25), que o governo pretende pagar até o fim de outubro ou início de novembro a parcela de recursos para compensação das perdas de estados e municípios com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida está prevista no Projeto de Lei Complementar (PLP) 136/23, que está em tramitação no Senado Federal.

Padilha falou com a imprensa após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros de Estado e os líderes do governo no Parlamento para discutir a pauta da semana no Congresso Nacional e os projetos prioritários do Executivo.

A compensação das perdas com o ICMS, imposto administrado pelos estados, ocorre por causa de leis complementares adotadas no ano passado, que limitaram as alíquotas sobre combustíveis, gás natural, energia, telecomunicações e transporte coletivo, impactando na arrecadação dos entes federativos.

O PLP 136/23, enviado pelo Executivo, prevê compensação total de R$ 27 bilhões em razão das mudanças nas alíquotas, que será paga até 2026. O montante foi negociado entre o Ministério da Fazenda e os governos estaduais, e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em junho.

Na semana passada, o governo anunciou que antecipará R$ 10 bilhões, previstos para serem pagos em 2024. Outra medida prevista no projeto é uma compensação aos municípios pela queda, de julho a setembro, nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Desta forma, as prefeituras receberão um adicional de R$ 2,3 bilhões.

Além delas, há ainda a retomada do piso constitucional para investimentos em saúde, congelado com o teto de gastos e restituído pelo novo arcabouço fiscal. O piso de gastos para a saúde requer que o governo destine até R$ 21 bilhões para a área ainda este ano.

“Então, essas três mudanças estão lá no PLP 136/23, que foi aprovado na Câmara dos Deputados, foi para o Senado, e nós vamos trabalhar intensamente junto aos senadores para esse voto o mais rápido possível. Se concluirmos a votação ainda no mês de outubro, vem para a sanção presidencial, e nós podemos, já no final do mês de outubro, no começo de novembro, dar essa ajuda adicional, essa parcela extra de recursos para o Fundo de Participação dos Municípios”, disse Padilha.

Também no Senado estão os projetos para retomada de obras da educação, que inclui a renegociação de dívidas do Funda de Financiamento Estudantil (Fies), e a Medida Provisória do Desenrola, programa especial de renegociação de dívidas de consumidores. A previsão do ministro Padilha é de aprovar os textos como foram aprovados pelos deputados.

Na Câmara, as prioridades, segundo Padilha, são projetos já aprovados no Senado para o barateamento do crédito no país e ampliação de investimentos. Um deles é o Marco Legal das Garantias de Empréstimos e o outro que cria as debêntures de infraestrutura, títulos privados emitidos por concessionárias de serviços públicos. Sobre esse último, o governo vai defender o texto aprovado no Senado, que teve cinco emendas em acordo com o Ministério da Fazenda.

“É um projeto muito importante para destravar, estimular ainda mais investimento no país, nesse momento da retomada do Novo PAC. O Novo PAC tem vários investimentos públicos, mas muitas parcerias com o setor privado, então a avaliação é que esse projeto de lei de debêntures de infraestrutura cria um novo mecanismo para estimular o financiamento de projetos privados para infraestrutura no país. Então, é prioridade do governo que a gente possa concluir a votação na Câmara os Deputados”, disse. “Como também a votação do marco de garantias que reduz o custo do crédito no país, estimula que bancos públicos e privados possam ofertar empréstimos com valores mais baratos para a população”, acrescentou o ministro.

Agenda

Nesta semana, o presidente Lula cumpre agenda em Brasília. Na sexta-feira (29), ele passará por uma cirurgia no quadril, em razão de uma artrose na cabeça do fêmur.

Nesta segunda-feira, o presidente Lula recebeu, em agenda oficial, o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Mihn Chinh. Ao chegar no Palácio do Itamaraty, para a reunião bilateral, o presidente estava usando máscara. Segundo o ministro Padilha, o uso da proteção em eventos públicos é por recomendação médica, para que não haja intercorrências até o procedimento cirúrgico.

A previsão para esta terça-feira (25), são os lançamentos do programa do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e do programa Escolas Conectadas. Na quarta-feira (27), Lula anuncia o PAC Seleções, edição do Novo PAC voltada a projetos prioritários apresentados pelos municípios.

Ainda esta semana, o presidente tem pela frente a escolha dos novos nomes para a Procuradoria-Geral da República, no lugar de Augusto Aras, e para o Supremo Tribunal Federal (STF), para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta compulsoriamente.

Segundo Padilha, as substituições na PGR e no STF não foram tratados na reunião desta segunda-feira. Mas o ministro tem defendido que o presidente Lula “tem o tempo dele para essa definição” e não precisa ter exigência em relação ao calendário de encerramento tanto do mandato de Aras, quanto da aposentadoria de Rosa Weber.

O mandato de Aras na PGR termina nesta terça-feira e a vice-procuradora Elizeta Ramos assume o comando do órgão interinamente. No STF, a ministra e atual presidente da Corte também deixará o tribunal nesta semana ao completar 75 anos e se aposentar compulsoriamente.

As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.

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Para Lula, é possível avançar em parceria entre Vietnã e Mercosul

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Lula recebe Fernández, no quarto encontro dos dois líderes em 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (25) que Brasil e Vietnã voltaram a discutir um acordo comercial entre o país asiático e o Mercosul – bloco econômico regional sul-americano. “Vou levar o tema aos nossos parceiros do Mercosul, aproveitando a presidência brasileira. Tenho certeza de que é possível avançar”.

A declaração foi feita após o presidente Lula receber visita oficial do primeiro-ministro do Vietnã, Pham Mihn Chinhm no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Esta foi a primeira visita de um alata altoridade vietnamita ao Brasil em 15 anos.

“É do nosso interesse aproximar o Mercosul da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático]. Os países do sudeste asiático correspondem a quase 6,5% do PIB mundial em paridade de poder de compra. As exportações brasileiras para o conjunto de países do sudeste asiático já somam metade do que exportamos para a União Europeia.” 

Ainda segundo Lula, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve viajar à Indonésia em breve para discutir um plano de ação para a cooperação entre o Brasil e o bloco. 

As informações e opiniões são de responsabilidade da Agência Brasil – EBC.

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