Saiba todos os detalhes sobre o espancamento do assessor de Kayky Brito e Victor Sparapane em São Paulo.

O assessor e empresário Marco Fernandes, responsável por nomes como Kayky Brito e Victor Sparapane, foi espancado no último domingo dentro de seu apartamento, em São Paulo. O apartamento de luxo fica no condomínio Ciragan, perto a Avenida Paulista, uma das regiões com o metro quadrado mais caro do Brasil, com apartamentos avaliados em cerca de 2 milhões de reais.

Na ocasião o empresário tinha recebido uma ligação de uma amiga pedindo ele separar uns brindes que uma pessoa iria buscar na casa dele. Ele aceitou e um tempo depois, a portaria do condomínio ligou para o apartamento de Marco e disse que a pessoa, do mesmo nome que ele estava esperando, tinha chego e foi liberada a entrada. Chegando ao apartamento, a pessoa apontou uma arma para empresário e foi rendido e levado para as dependências comum do edifício Ciragan.

Em entrevista ao programa Fala Brasil, da RecordTV, Marco Fernandes disse que o homem ficou descontrolado perguntando sobre um chinês, que Marco não conhecia, e após diversas horas na mão do bandido, ele entrou em luta corporal com o bandido que o espancou até deixa-lo inconsciente.

Após o ocorrido, Marco pediu ajuda ao condomínio que apenas chamou a policia. Em uma nova oportunidade ele pediu as imagens de câmeras de segurança para tentar identificar o bandido e levar as imagens até a delegacia da região, mas o síndico se negou a entrega-las. Então o assessor recorreu a polícia militar que entrou com um mandado para que as imagens fossem fornecidas a eles para que possam dar prosseguimento as investigações do caso.

Ainda em choque com toda a situação, Marco está com a visão do olho esquerdo totalmente comprometida e pediu ajuda ao condomínio, já que eles liberaram a entrada do bandido sem anotar os dados, o que também lhe foi negado.

Procurada pela reportagem, os administradores do edifício Ciragan não responderam as ligações.

Na tarde de ontem, Marco Fernandez divulgou uma carta aberta repudiando a conduta dos administradores do condomínio.

Carta aberta ao Condomínio Ciragan, H Flex, Dr. Luis(Advogado), Fabiana(Administração) George (síndico) e a sociedade em Geral:

Eu sofri um atentado dentro de minha residência no último domingo, lugar que pra mim, era o mais seguro de todos. Eu fui rendido, humilhado, agredido e enforcado até perder as forças e desmaiar, mas engana-se quem pensa que os piores momentos de terror foram aqueles em que passei com o criminoso, os piores momentos de terror começaram quando, depois de muito esforço finalmente consegui me levantar do chão ensanguentado e pude ver meu reflexo no espelho, me desconhecendo por completo. Eu gritava, mas não saia voz.

Eu passei um daqueles momentos em que sentimos bem de perto a morte nos assombrando e lembro, assim como lembrarei pra sempre, dos últimos segundos antes de perder os sentidos, enquanto o criminoso me enforcava. Eu pensava em quem eu amo e já sabia que não estava em minhas mãos viver ou morrer. Deus escolheu que eu vivesse.

O Condomínio, ao invés de me prestar solidariedade, calor humano, assistência, se posicionaram contra mim. Quando pedi socorro e a segurança chegou, me foi perguntado se eu gostaria que chamassem a polícia, eu pedi que sim e essa foi a única assistência que recebi. 

Eu não culpo o condomínio pelo que aconteceu comigo, afinal eles interfonaram e eu autorizei a entrada do indivíduo, mas culpo o condomínio e todos seus representantes pela falta de assistência. 

Primeiro, na segunda-feira tentaram impedir que eu contasse minha história na TV, tentando de forma muito agressiva impedir a entrada de uma equipe de reportagem no apartamento que resido. Contei com a colaboração do proprietário do meu apartamento, que interveu por mim e a gravação aconteceu. 

Até aquele momento, não hava falado nada contra o condomínio, não os responsabilizei por nada, afinal, próximo as equipes de TV eles me ofereceram toda “assistência possível” e me solicitaram que listasse minhas necessidades, o que foi feito, com uma lista que pedia tratamento psicológico, fisioterapia, oftalmologista e substituição do meu celular roubado. O síndico, George, ironicamente, me ligou e disse que poderia me dar uma limpeza no apartamento de cortesia.

O advogado Dr. Luis, que também reside aqui no prédio, também me ligou e me alertou que eu deveria estar “muito bem calçado” para ir na delegacia registrar a ocorrência ou a falar com a imprensa e eu me pergunto, após uma tentativa de homicídio pela qual passei, o que seria “estar bem calçado” ao ir em uma delegacia ou falar com a imprensa sobre o horror que vivi. 

Nem o condomínio, nem a Hflex, que administra o prédio, aceitaram liberar as imagens do criminoso. O síndico já tem as imagens, já as viu, mas disse que não me liberaria por ser uma questão jurídico-jurídico e essa é a coisa mais horrorosa que poderia ter me acontecido no meio de tudo isso, saber que eles tem em posse uma evidência tão importante e se negaram a me passar. 

Felizmente, a Polícia Civil tem me atendido com tanta eficiência, que já conseguiram solicitar formalmente o material, mas que ainda não foi entregue. 

Eu sei que há uma falha imensa de segurança aqui, quando optaram por não solicitar documentos que comprovem a identidade das pessoas que entram no condomínio e é apenas isso, não os acusei em nenhum momento e tudo que pedi foi solidariedade e respeito. 

Ontem outra equipe de reportagem veio gravar comigo, querem saber como estão as investigações e também o posicionamento do condomínio. Dessa vez, extremamente agressivo, o Sr. George não os liberou para entrar, nem mesmo no apartamento em que moro e ainda me ameaçou que a justiça já havia sido acionada para que eu seja expulso do apartamento e para isso eu tenho uma novidade, eu jamais conseguiria continuar a viver aqui, não olhando para pessoas como o George e o Luis, que acreditam na relação jurídico-jurídico ao invés da solidariedade e amor ao próximo, além é claro, das questões de segurança, que não são reclamações novas, é uma pauta discutida no prédio há tempos e uma grande preocupação entre muitos moradores.

Quando fui atendido pela Polícia Militar no Domingo, após ser liberado do hospital, fui orientado pela autoridade policial a comparecer no dia seguinte na 78DP, acompanhando de um responsável pela segurança do prédio. Solicitei isso ao prédio e esperei desde domingo a noite até terça-feira por volta da hora do almoço, quando percebi que nenhuma atitude seria tomada. Fui a pé até a delegacia, já que com meu celular roubado, não consigo nem pedir carros por aplicativo. Fiz o Boletim de ocorrência, também fiz o exame de corpo de delito. Minha visão direita está comprometida em 50%.

Esta carta é para deixar claro que não culpo o condomínio pelo que aconteceu, como disse liberei a entrada e acredito na hipótese de meu telefone ter sido clonado, mas os culpo pela falta de assistência, solidariedade e intimidações vindas principalmente dos srs. George, Luis e Fabiana.

Com o criminoso, passei por diversos momentos, diversas situações, lutei, gritei, briguei, ameacei, fiz o que pude para me manter vivo, o que eu não esperava é que após sair vivo disso, enfrentaria outro terror, o terror vindo do condomínio, da Hflex e de seus representantes locais. 

Tenho me sentido intimidado, envergonhado, boicotado. Não me deixam entrar no grupo dos moradores, querem evitar danos às suas imagens. 

E tudo isso apenas mostra a falta de preparo e capacidade desses profissionais para lidarem com questões tão importantes como segurança. 

Me refiro agora diretamente e publicamente a empresa H Flex e peço que deixem de lado a conversa “jurídico-jurídico” como dizem os srs. George e Luis e comecem uma conversa de solidariedade, que é mais cabível neste momento. As intimidações não vão me calar. Houve uma falha, por mais que eu tenha autorizado, o mínimo que deveria ter sido feito, era checar um documento, apenas isso e hoje o criminoso já poderia ter sido capturado. 

Então clamo a vocês, não estamos em lados opostos. Me prestem socorro, me ajudem. Não tentem me calar, não tentem me intimidar. 

Eu tenho certeza que o que aconteceu comigo, era parte de um plano muito maior. O criminoso queria me usar para acessar outros apartamentos e se não fosse pela minha resistência e pela luta que iniciei, os danos poderiam ter sido muito maiores e muitos outros condôminos poderiam ter sido afetados. 

Amor, solidariedade é o que peço neste momento.