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Apostando num realismo fantástico desnaturalizado, estreia de O sétimo guardião surpreende

O Sétimo Guardião estreou nesta segunda, 12
Estreou na noite desta segunda-feira, 12 de novembro, a novela O sétimo guardião, de autoria de Aguinaldo Silva e com direção de Rogério Gomes. Como foi recorrente na fala de autor e diretor ao longo desse período de pré-estreia, a obra estrearia com a promessa de ser tributária do gênero realismo fantástico, um estilo no qual o autor, devoto da escola de Dias Gomes, sempre executou com maestria, criatividade e, em algumas novelas de sua carreira, quase beirando à perfeição.
Contudo, à medida que as chamadas da novela iam ao ar, somando-se a isso a divulgação do clipe de lançamento, fui tomado por certa desconfiança no tocante aos caminhos que o autor trilharia na construção do universo diegético proposto para essa novela. Afirmo isso, porque, em nenhum momento, as chamadas remetiam ao velho estilo de realismo fantástico, estilo no qual era comum agregar-se também certa coloração regionalista com metáforas de cunho social.
Essa feição estilística conferida ao gênero no Brasil foi consagrada na década de 80 e 90 por Aguinaldo Silva e implantada no Brasil na década de 70 pelo saudoso dramaturgo Dias Gomes, que se encantou com a proposta após a leitura do romance Cem anos de solidão do escritor Gabriel Garcia Marquez. Tal estilo de realismo fantástico, que não abria mão de investir nas cores e signos regionais, sobretudo na imitação de uma prosódia típica de alguma região interiorana do Brasil, após atingir o apogeu, já evidenciava claros sinais de desgaste no ano de 2001 com a maçante novela Porto dos Milagres.
Por gosto pessoal, alimento certo saudosismo desse estilo de realismo fantástico com forte pegada numa veia regional, que nunca nos deixava de esquecer que, subjacente ao universo fantástico, residia uma espécie de microcosmo do Brasil, com sua tradição de coronelismo tacanho e de falso moralismo religioso. Divirto-me com o humor espirituoso de A indomada, assim como me diverti e tive muito prazer em assistir a Roque Santeiro e Tieta, bem como alimento certa curiosidade por algumas sequências da primeira versão de Saramandaia. No entanto, cabe indagar se voltar a esse estilo não seria incorrer no risco de algo datado e cheirando à naftalina. Até mesmo o remake de Saramandaia evitou inscrever-se nessa tradição regionalista, optando por um caminho mais mágico e universal destituindo-se dos signos regionais. Dessa forma, penso que havia sim alguns riscos em voltar a esse universo, ao menos do modo como ele se consagrou em nossa dramaturgia.

Com a direção segura e competente de Rogério Gomes, que vai se revelando cada vez mais um diretor de forte marca autoral, a novela, em sua estreia, exibiu uma filiação muito mais contundente ao universo mágico e de mistério das séries norte-americanas do que ao clássico estilo de realismo fantástico regionalista da escola de Dias Gomes. Da composição plástica das cenas, da trilha sonora instrumental, oscilando entre o soturno e o dramático, com ausência visível de acordes regionais, pelo visual criativo exibido na abertura com perceptíveis referências à estética de terror dos filmes da década de 80, até a predileção, na fala dos personagens, por uma prosódia mais neutra, sem notas dialetais, constatou-se, no ar, a elaboração de um realismo fantástico desnaturalizado, por meio do qual Aguinaldo Silva afasta-se do velho estilo que ele ajudou a consagrar, ensaiando, com efeito, um passo a mais em sua produção ficcional.

Se, de um lado, foi evitada essa abertura a uma tradição regional de realismo fantástico, por outro, não se evitaram todas as possibilidades dramatúrgicas que o gênero fantástico permite. O gato preto, Leon, criação fabulosa do Aguinaldo, se revelou um achado na narrativa bem como uma espécie de metonímia de todas as possibilidades de subversão da unidade de tempo e ação ou de relações de causa-consequência, cruciais em uma narrativa de viés mais realista.
A idéia de forjar uma novela de horror parece algo inusitado, original e promissor. Resta aguardar como o público reagirá à proposta e como o desenvolvimento da história será afetado por uma resposta positiva ou negativa por parte da audiência.
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Silvio Santos: Apresentadora sempre escondeu relação com o patrão: “Só me ferrei”

Christina Rocha sempre teve parentesco com Silvio Santos, mas preferiu “esconder” durante um bom tempo (Créditos: Reprodução/Instagram)
Um dos principais empresários e comunicadores do Brasil atende pelo nome de Silvio Santos. Por conta da sua importância muita gente tem certo receio sobre dar informações que envolvam o dono do SBT e foi assim, durante um bom tempo, com uma das apresentadoras do canal paulista.
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Christina Rocha sempre escondeu seu parentesco com Silvio Santos, mas no Programa da Maisa (2019) a loira resolveu falar sobre o assunto e explicou melhor a situação. “Eu tinha medo de confundir as coisas, ficava dura. Não podia deixar de ser a Christina, mas também não podia confundir as coisas. Quando eu fazia o programa do Silvio, ficava travada”, disse ela na ocasião.
Em suma, Christina foi casada com Rubens Pássaro, que é irmão da autora Íris Abravanel a esposa de Silvio. “Eu já era conhecida bem antes de ser cunhada dele. Eu já era a Christina, apresentadora do SBT. Quando me tornei cunhada, só me ferrei (risos)”, disse a famosa recentemente no Programa de Todos os Programas, no Youtube.
Aliás, Christina Rocha tem mágoa, mas não é com Silvio Santos:

De fato, a apresentadora sempre quis vencer pelos seus méritos (Créditos: Reprodução/SBT)
Há décadas na televisão, Christina abriu o jogo em entrevista para o Notícias da TV e reclamou de nunca ter sido nem indicada para o Troféu Imprensa, premiação exibida pela SBT e apresentada por Silvio Santos.
“Só acho estranho uma pessoa que está há dez anos no ar não ser indicada a um Troféu Imprensa. Não sei o que acontece. Eu acho que eu merecia pelo menos ser indicada. Tem gente que ganha mas não está nem no ar. Esse ano juro por Deus que eu nem vi”, afirmou ela em 2019.
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Aqui Agora de volta, nova versão do Dr. Hollywood na TV e mudanças no final de semana do SBT: O que pode acontecer na TV

Será que o jornalístico Aqui Agora ainda tem espaço na programação do SBT? (Créditos: Reprodução/Montagem)
Muito tem se falado sobre as possíveis mudanças na programação do SBT para 2023. O retorno do Aqui Agora, um clássico do jornalismo, foi cogitado internado no finalzinho de janeiro, mas não chegou a ser confirmado pela direção da emissora. Aliás, falava-se que o canal colocaria o extinto telejornal antes do SBT Brasil.
+ Mel Maia brilha em Vai na Fé e Record despenca com Vidas em Jogo: EM ALTA/EM BAIXA
Apesar de toda especulação, o SBT não deve apostar no policialesco que fez bastante sucesso no passado. Outras tentativas fracassadas de reviver o programa são prova de que nem sempre o que se deu bem lá atrás alcançará a ‘glória’ no momento atual. Foi para a gaveta mais uma vez.

Dr. Hollywood já fez muito sucesso na RedeTV (Créditos: Divulgação)
Além do Aqui Agora, um outro programa clássico pode voltar ao ar em 2023. Depois de fazer sucesso e obter grande audiência na RedeTV, o Dr. Hollywood pode voltar para a televisão. Dr Rey, que comanda a atração, estaria negociando com a Rede Brasil para ocupar as noites de terça-feira. É ver para crer!
Aqui Agora de volta, nova versão do Dr. Hollywood… e mudanças na programação do SBT:
Muitas novidades devem surgir na programação do SBT após o Carnaval. Silvio Santos, que também é uma espécie de diretor de programação, já decidiu que pretende mexer nos finais de semana da emissora paulista, que não consegue mais vencer a Record com tanta facilidade no ibope.
+ Enfim, Ana Hickmann pega todo mundo de surpresa e surge no hospital: “Problema que já atrapalhou”
Desse modo, o patrão pretende turbinar a grade com: Rebeca Abravanel nas tardes de sábado; um novo produto antecedendo o Domingo Legal com Celso Portiolli; e a saída do Raul Gil. Todas as informações são do blog Aqui Tem Fofoca.
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Mel Maia brilha em Vai na Fé e Record despenca com Vidas em Jogo: EM ALTA/EM BAIXA

Mel Maia vive a personagem Guiga na novela Vai na Fé (Créditos: Reprodução/TV Globo)
EM ALTA: Mel Maia brilha em Vai na Fé
De fato, a novela Vai na Fé já conquistou boa parte do público que havia desistido de assistir novelas na faixa das 19h. A trama da autora Rosane Svartman tem todos os elementos que uma trama precisa, além de uma boa história central. Mel Maia está no elenco e vem brilhando.
+ Enfim, Ana Hickmann pega todo mundo de surpresa e surge no hospital: “Problema que já atrapalhou”
A influenciadora Guilhermina de Alcântara Azevedo, a Guiga, caiu como uma luva para a atriz, que até aqui ainda não havia interpretado uma personagem com tantos elementos. Aos 18 anos, a jovem prova que sabe atuar e que está pronta para personagens maiores. Alô Globo, cadê a Mel de protagonista? Aguardamos.

Enquanto Mel Maia brilha em Vai na Fé, reprise de Vidas em Jogo vira flop na Record (Créditos: Reprodução/Montagem)
EM BAIXA: Record erra com reprise de Vidas em Jogo
Para comemorar os 70 anos da Record, a direção da emissora paulista decidiu reprisar a novela Vidas em Jogo, um dos sucesso do canal na década de 2010. Programada para o segundo horário de novelas da noite, às 21h45, a trama da autora Cristianne Fridmann demonstra não ter sido uma boa escolha.
+ SBT: Apresentador no olho da rua? Ele abre o jogo e fala toda a verdade
Na segunda-feira (30), dia da reestreia, Vidas em Jogo fez a Record perder 9% do público no horário. Apesar de ter feito grande sucesso no passado e ser uma das mais lembradas pelo público da emissora, a trama não tem mais forças para brigar com a concorrência, que vem tirando bastante proveito.
Vale salientar que a culpa é da própria Record que usou a faixa, por muito, para exibir apenas folhetins bíblicos, seja inédito ou reprise. Em resumo, o público desacostumou. Porém, o canal de Edir Macedo possuí outros títulos mais chamativos e menos reprisados para colocar no ar. Aproveitando a onda do remake de Pantanal, por que não reexibir Bicho do Mato (2006)? Vai que cola!
*A opinião compartilhada não necessariamente remete a ponto de vista do site Ocanal.

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