Novelas
O que dizem os defensores de novelas mais curtas
A teledramaturgia é um dos principais carros-chefe de diversas emissoras no país. Geralmente, é o produto de maior interesse dos telespectadores, que param qualquer atividade para não perder aquele capítulo em que algo especial vai acontecer – o que as tornam também alvo de patrocinadores, tornando-as cada vez mais rentáveis. Porém, quando se coloca em comparação as novelas da última década com as novelas da década atual, pode-se perceber uma diferença que vem crescendo cada vez mais, em um ritmo bem sutil, porém que não passou despercebido pelos olhos mais atentos: a duração dessas novelas.
Nos últimos anos, essas atrações vem perdendo duração, tanto em capítulos quanto em minutos por capítulo. Isso se dá principalmente pelos “mentores” desses projetos: os autores. Eles têm defendido o corte no tempo em que suas criações ficam em exibição – e cada vez mais deles adentram o movimento. Lauro César Muniz, um dos nomes com maior credibilidade no assunto, dono de títulos de sucesso em várias emissoras e, principalmente na Globo, falava sobre o assunto desde 2012, afirmando que isso se tornaria uma tendência – fato que se provou verdadeiro, mesmo todos tendo ignorado a “profecia” do escritor.
A maior produtora de teledramaturgia do Brasil e da América Latina, a Rede Globo, chegou até a encomendar uma pesquisa sobre o tema, o que gerou uma grande discussão nos bastidores da emissora carioca e resultou na decisão de encurtar um pouco mais suas novelas. Quanto comparados números, essa decisão de torna bastante evidente: a novela O Clone, que foi ao ar no horário nobre e que foi exibida na década passada apresenta um total de 221 capítulos, esses com duração média de 75 minutos; enquanto isso, a última novela do horário nobre que chegou ao fim, Segundo Sol, apresenta apenas 155 capítulos com uma duração média de 60 minutos. A mudança já chegou.
Um dos motivos do longo prazo no qual essas mudanças ocorreram, de acordo com a direção da emissora, é que sempre houve uma dificuldade de se fazer novelas muito curtas devido, principalmente, ao custo: sem espaço para publicidade, a trama não se paga. Com uma faixa de horário menor, menor também seria o número de patrocinadores para esse horário – que sempre foi o mais rentável da emissora. Muitos especialistas, no entanto, discordam. Para eles, novelas de menos capítulos e duração reduzida também reduziriam gastos, uma vez que teriam uma equipe mais enxuta, com menos núcleos e menos cenários.
Agora, a tendência é de que a Globo faça novelas ainda mais curtas que as atuais nos próximos anos, com cerca de 120 capítulos no máximo, porém não diminuindo significativamente a minutagem dos episódios.
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