Como artistas independentes estão financiando seus projetos
Ainda que com grande representatividade em audiência, o meio de comunicação com maior alcance, a TV, perdeu parte de seus espectadores para o mundo digital. Com o desenvolvimento e acesso cada vez maior de usuários em plataformas de streaming e conteúdo online, tanto o público quanto os artistas têm migrado para a criação própria de conteúdos, como sketches, vlogs, blogs e até mesmo vídeos curtos em redes sociais.
Casos como o do grupo Porta dos Fundos, por exemplo, se tornaram cada vez mais comuns. Os artistas investem em produções independentes em plataformas de reprodução não pagas, como youtube, vimeo, facebook, instagram e podcasts que futuramente os levam ao reconhecimento público nas TVs e rádios. Ainda sim, o conteúdo autoral produzido pelos próprios artistas traz, em muitas vezes, mais retorno e audiência que suas participações em redes televisivas.
Investimento
A produção de conteúdo online requer, no entanto, investimento que muitas vezes não fica evidente pela informalidade e forma como as produções são divulgadas e até mesmo produzidas. Câmeras, microfones, iluminação, isolamento acústico, edição de conteúdo são alguns dos custos envolvidos que requerem investimentos bem altos.
Artistas independentes buscam, por meio de empréstimos pessoais, capital inicial para custear tais processos e aquisições, produzindo materiais de alta qualidade e conteúdos originais. Tais empréstimos são negociados atualmente em plataformas online, com site oficial, bastante segurança e transparência nas negociações.
O retorno, em muitos casos, é mais rápido que o esperado e permite até mesmo a ampliação dos negócios, com produções de materiais personalizados como camisetas, moletons, bonés e brindes no geral.
Divulgação e regulamentação
Outra grande fonte de investimento é a divulgação dos conteúdos produzidos em suas respectivas plataformas. Impulsionamentos, monetização e anúncios pagos são custos significativamente altos para artistas que buscam reconhecimento no mundo digital.
Além do custo real da divulgação em si, é necessária a presença de um profissional qualificado para realizar todo o processo e acompanhar os retornos, estudar e criar novas estratégias de promoção, firmar parcerias etc. A regulamentação e registro representa um custo significativo para o artista. Para um investimento inicial, a abertura de uma empresa, declaração de impostos, taxas e direitos autorais são custos que não podem ser ignorados.
Migração e novos rumos
Com um mercado competitivo como o da TV, artistas anteriormente conhecidos nas telonas buscaram refúgio nas plataformas digitais. Alguns, há anos esquecidos pelas grandes emissoras, como Luana Piovani, Fernanda Souza, Giovanna Ewbank e Karina Bacchi, criaram seus próprios canais de veiculação de conteúdo, com entrevistas, dicas de segmentos diversos e conversas descontraídas.
Apesar de alguns artistas conseguirem contratos e patrocinadores para a criação de seus veículos, é comum que alguns tenham que custear os próprios projetos para ver seus sonhos se tornarem realidade. Em tais casos, fundos pessoais, empréstimos pessoais e ajuda de amigos e familiares são as fontes mais comuns de investimento.
Com a facilidade de se promover virtualmente hoje em dia, produzir por conta própria e investir nos próprios sonhos se tornou mais que um desejo, mas uma realidade.
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