Longe da telinha desde 2015, Maria Padilha revela o que a afastou das novelas
Maria Padilha está longe das novelas desde 2015, quando estrelou A Regra do Jogo. O que poucos sabem, porém, é o que levou a atriz de 58 anos a deixar a TV.
Em entrevista ao Notícias da TV, Maria Padilha revelou que seu hiato da telinha foi motivado por problemas na família, mas que já está pronta para voltar à ativa.
“Logo que acabei Mulheres Apaixonadas (2003), minha irmã ficou muito doente. Isso me abalou, e depois comecei a ter o processo de ter um filho, que eu ia adotar. Eu tinha medo de chegar o filho e eu estar numa novela, enlouquecida. Achava que era rapidinho, que era só fazer os papéis e logo chegaria o bebê. Então, muitos convites eu não pude aceitar. Primeiro pela questão da minha irmã, depois do filho”, explica Maria Padilha.
Aos poucos, a atriz acredita ter sido esquecida. “Os convites começaram a rarear, acho que por causa da minha não presença. Quando a gente não está presente, as pessoas não lembram. Mas vamos ver se isso muda. Adoro fazer televisão, acho muito importante para o Brasil a teledramaturgia. Gosto de fazer, gosto dos diretores, do elenco. Torço para que as coisas mudem um pouco e eu volte”, conta.
Para quem sente saudades de Maria Padilha, a atriz voltou a aparecer recentemente na telinha de novo, na reprise do canal Viva do sucesso O Cravo e a Rosa (2000).
“Foi maravilhoso, um momento de muita felicidade artística pra todo mundo. Os personagens todos eram bons, desenvolvidos, espirituosos. Nós ficamos muito amigos. Durante um ano, depois que a novela acabou, nos encontrávamos toda primeira segunda-feira do mês para jantarmos juntos. Foi uma novela realmente excepcional”, lembra.
Apesar de estar longe das novelas, Maria Padilha não está sem trabalhar. A atriz se dedica ao teatro, como produtora e protagonista do monólogo Diários do Abismo, em cartaz em São Paulo. A peça, conta a atriz, ajuda a desmistificar questões relacionadas a mulheres transgressoras e à loucura.
“Qualquer mulher que faz alguma coisa um pouco transgressora ou fora dos padrões é (considerada) louca. As pessoas têm muito medo da mulher e do louco. Eu acho que a gente tem muito medo do que não conhece, e os loucos são maltratados até hoje. Todo mundo tem um pouco de louco em algum lugar, as pessoas só fazem o jogo social melhor. É interessante sair do teatro pensando nisso. Só a humanidade toda evitaria a loucura de cada um”, finaliza Maria Padilha, reflexiva.
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