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Regina Casé comemora volta às novelas após 18 anos
Regina Casé se prepara para voltar às novela 18 anos depois de sua última participação fixa em uma trama da Globo. No Conversa com Bial de quinta-feira (25), a apresentadora fez um balanço de sua carreira antes do desafio como protagonista de Amor de Mãe, e comentou a volta aos folhetins.
“Todos os meus projetos eu invento, carrego pedra, junto equipe, nunca ninguém me tira para dançar. A (autora) Manuela Dias está dentro da televisão e não está acomodada, está querendo inventar. O (diretor José Luiz) Villamarim também. Os dois me chamaram pra jantar e disseram: ‘Tem que ser você, se não for, não vai ter'”, lembra.
Regina Casé, cujo último trabalho em novela foi em As Filhas da Mãe, de 2001, relembrou uma de suas personagens mais icônicas: Tina Pepper, de Cambalacho, de 1986.
“Era uma personagem muito popular, da periferia de São Paulo. Essas meninas todas que queriam ser famosas e tinham esse vocabulário, esse repertório, não se viam na TV”, avalia.
Apesar do intervalo longe das novelas, Regina Casé não abandonou a atuação. Em 2015, a atriz e apresentadora ganhou elogios pelo mundo inteiro por sua interpretação da empregada doméstica Val, no filme Que Horas Ela Volta?.
“Acho que acumulei a Val a vida toda viajando o Brasil, e dá uma tristeza e angústia não ter como botar pra fora. Aquilo tudo que eu via ia ficando em mim e não tinha onde usar aquele gestual, o amor todo”, explica.
A global também está de volta aos palcos, com a peça O Recital da Onça, em curta temporada no Rio. “Eu amo fazer teatro, mas vivemos num país com desigualdade social. Cinema e teatro, infelizmente, só uma parcela da população consegue ver, então vou ser atriz (na TV) por uns dois anos”.
Discreta, Regina Casé ainda comentou o momento de polarização política no país. “Se você reparar, eu não me oponho, eu não bato de frente, não xingo, não agrido. Não é que estou fofinha e boazinha, estou procurando o que tenho em comum com aquele cara para fazer ele parar por um minuto e olhar para a minha cara. Acho que teve um momento que tinha de construir muros, demarcar as diferenças. Acho que agora tem que demolir esses muros e fazer pontes”, pondera.
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