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Jurados bonzinhos não encantam o público em todo o mundo
Históricamente, diversos reality shows e programas de calouros em todo o mundo, tem como destaque a atuação de seus jurados, muitas vezes, até, sobressaindo o desempenho dos participantes presentes. Porém, engana-se quem pensa que para fazer parte do júri, precisa ser bonzinho e delicado para agradar o público que assiste.
Jurados bons demais quase nunca caem na graça do público porque não promovem a tensão necessária para quem assiste ao espetáculo. No Dancing Brasil, um dos poucos do gênero no ar atualmente, a bancada é composta por três especialistas em dança no país Fernanda Chamma, Jaime Arôxa e Paulo Goulart Filho. Se o requisito para ocuparem o cargo foi o capricho, eles tiraram nota dez.
O reality show de Xuxa Meneghel se destaca justamente por conta da rigidez imposta pelos jurados, muito diferente da bancada avaliadora da Dança dos Famosos, da Rede Globo, composta em sua maioria por artistas da casa que não querem “se queimar” com o colega de trabalho que está se apresentando no momento. Na Record, o júri exige um bom desempenho a cada semana, avalia erros e, sem coleguismo, dá notas que o dançante realmente estaria merecendo no momento.
A atitude de jurados “vilões” acabou conquistando o público de casa, enquanto outros não gostam nem um pouco da perfomance deles. Caso recente é a sequência de notas baixas dada para a atriz Camila Rodrigues, nos últimos programas. A estrela da Record TV já não esconde mais o inconformismo no ar e, na internet, os fãs do reality show acabaram apontando uma espécie de “perseguição por parte das figuras.
Alguns especialistas dos mais diversos programas de calouros do Brasil já falaram, inclusive, que o esquema trata-se de uma espécie de folhetim em que se faz necessário o vilão e o anti-herói dentro do mundo dos jurados. Quem não se lembra de figuras como essas nos shows do Chacrinha e Silvio Santos? Os saudosos Edson Santana, Aracy de Almeida e Pedro de Lara são três dos considerados os mais ranzinzas das décadas de 1970 e 80.
Na bancada de Silvio Santos, por exemplo, cada um dos jurados encarnava um tipo de personagem. Aracy era a mais carrancuda, Pedro de Lara era o conservador e Flor bancava a menininha. Mara Maravilha, que frequentou a bancada e depois ganhou um programa infantil na emissora, só dava respostas erradas às perguntas de conhecimentos gerais. Já Luiz Ricardo, engraçado apenas como o Bozo, era um jurado certinho e encantava a mulherada. Era de Sérgio Mallandro, no entanto, o papel de protagonista.
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