Connect with us

Colunas

Os erros e acertos da (excelente) primeira temporada de Ilha de Ferro

Published

on

Ilha de Ferro


Ilha de Ferro estreou em novembro passado, com uma grande expectativa em seus ombros. Além de ser apenas a segunda série original da Globoplay (o que significava vir depois do sucesso de Assédio), era uma produção cara, que trazia grandes nomes da casa no elenco principal e uma história diferente do que é produzido nacionalmente no âmbito dos seriados.
A história de Dante Giodarno (Cauã Reymond), funcionário da PL-137, plataforma de extração de petróleo, e de todos os funcionários dali, inclusive a nova chefe Júlia Bravo (Maria Casadevall), cumpriu sua missão. Já renovada por mais duas temporadas, a história criada por Adriana Lunardi e Max Mallman e com direção artística de Afonso Poyart, arrancou elogios de público e crítica, sendo inclusive eleita pela Variety, conceituada revista norte-americana, como uma das melhores produções estrangeiras do ano.
Entre poucos erros e muitos acertos, a temporada de estreia contou com 12 ótimos episódios já disponíveis na Globoplay e que devem ser exibidos na TV aberta no ano que vem.

O acerto técnico

São vários os pontos positivos de Ilha de Ferro, mas um dos mais fortes é certamente a apurada produção, que salta aos olhos e não deve nada a nenhuma série internacional. O cenário da plataforma 137, construído como cidade cenográfica no Projac, consegue transmitir verossimilhança, verdade e servir como um ponto chave para a história que ali se desenvolve. Os personagens passam mais tempo em alto mar, na plataforma, que em terra firme, então um erro aqui seria fatal para o desenvolvimento da série.
Tal acerto quanto a questão da ambientação do show entra em perfeita sintonia com os demais detalhes técnicos. A fotografia é de encher os olhos e faz com que o telespectador sinta que está em alto-mar com Dante, Júlia e os outros personagens, algo que também é ressaltado pela excelente trilha sonora, que varia de instrumentais a música brasileira ou internacional. Muito bem encaixada, ela nunca se sobressai ao momento, sempre chegando para somar e conseguir reforçar o clima que é intenção do roteiro transmitir.
O texto, inclusive, é outro ponto a se elogiar. Certeiro e com ótimas tiradas, traz ótimos diálogos, consegue trabalhar muito bem as personalidades de seus protagonistas, tornando-os personagens com os quais é possível se importar. Um belo exemplo é a forma como as personas de Júlia e Dante são construídas.

Dante e Júlia: Dois protagonistas complexos

Cauã Reymond e Maria Casadevall como Dante e Júlia, protagonistas de Ilha de Ferro. (Foto: Reprodução)


Ambos são personagens complexos, marcados por acontecimentos do passado que influenciaram diretamente no que eles são hoje e o texto sabe a hora exata de apresentar tais fatos, tanto a eles mesmos quanto ao seu público. Aqui, já podemos falar também da ótima construção que Cauã Reymond e Maria Casadevall dão aos seus tipos.
Tanto Dante quanto Júlia tem a mesma importância dentro da história e os globais conseguiram construir seus personagens de uma forma exemplar. Nenhum dos dois pode se encaixar no espectro de mocinho ou vilão. São pessoas cheias de confusão, que erram, fazem muita besteira, sofrem, gritam, mas no fim do dia procuram por alguém que os acolha. O romance que surge entre os dois é baseado nisso: Dante e Júlia são duas almas perdidas, procurando um consolo em um mundo tão perdido quanto, e seu encontro funciona perfeitamente por isso. No mundo de tantos desencontros, suas confusões se encontram e se complementam.

O que pode ser melhorado para o 2º ano

Infelizmente, nem tudo são flores e a série, por mais que esteja entre as melhores produzidas no ano (não apenas nacionalmente), precisa aparar algumas arestas se quiser ter uma segunda temporada (que já está sendo gravada) ainda melhor.
A principal diz respeito aos seus personagens coadjuvantes. Uma série não se faz apenas de seus protagonistas e por mais que Dante e Júlia tenham segurado esses 12 episódios, isso não pode ser uma constante. Foram poucos os personagens que tiveram destaque além deles, sendo que quando isso acontecia, como é o caso da Leona de Sophie Charlotte (sempre excelente), sua história ainda gravitava em torno de Dante, sem que ela tivesse uma história própria.
O único que conseguiu um espaço à parte – e o fez, provavelmente, por ser o antagonista principal dos capítulos finais- foi Klebber Toledo como o irmão de Dante, Bruno. Contudo, o tom escolhido tanto pelo roteiro para construir a vilania do personagem quanto pelo ator para a construção da personalidade dele não foram os melhores e, na maior parte das vezes, Bruno soou artificial e só não colocou a comprometer a qualidade do ato final porque a construção dos acontecimentos foi impecável e a direção conseguiu ótimos resultados nas cenas de ação.

O que esperar da próxima temporada

O segundo ano virá com mudanças, já no elenco principal. No triângulo amoroso com Dante e Júlia, sai Sophie Charlotte e entra Mariana Ximenes, como Olívia. Rômulo Estrela também ganhou um personagem recorrente no novo ano da produção, que já está sendo gravado e deve chegar a Globoplay no segundo semestre de 2019.
O principal desafio para Ilha de Ferro será fazer uma temporada ainda melhor que a excelente leva inicial de episódios. A torcida é que ela consiga e que o Brasil consiga, cada vez mais, avançar na produção de seriados.

Comente com seu Facebook

1 Comment

1 Comment

  1. Danielle Santos vieira

    24 de dezembro de 2018 at 02:28

    Achei ótima a série é acho que todos os personagens foram bens inclusive o do klebber ele não foi artificial ele foi frio pois o personagem é psicopata.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Colunas

Silvio Santos: Apresentadora sempre escondeu relação com o patrão: “Só me ferrei”

Published

on

Christina Rocha sempre teve parentesco com Silvio Santos, mas preferiu "esconder" durante um bom tempo (Créditos: Reprodução/Instagram)

Christina Rocha sempre teve parentesco com Silvio Santos, mas preferiu “esconder” durante um bom tempo (Créditos: Reprodução/Instagram)

Um dos principais empresários e comunicadores do Brasil atende pelo nome de Silvio Santos. Por conta da sua importância muita gente tem certo receio sobre dar informações que envolvam o dono do SBT e foi assim, durante um bom tempo, com uma das apresentadoras do canal paulista.

+ Mar do Sertão: Tertulinho discute com José, Candoca é desacreditada e Timbó tem brilhante ideia

Christina Rocha sempre escondeu seu parentesco com Silvio Santos, mas no Programa da Maisa (2019) a loira resolveu falar sobre o assunto e explicou melhor a situação. “Eu tinha medo de confundir as coisas, ficava dura. Não podia deixar de ser a Christina, mas também não podia confundir as coisas. Quando eu fazia o programa do Silvio, ficava travada”, disse ela na ocasião.

Em suma, Christina foi casada com Rubens Pássaro, que é irmão da autora Íris Abravanel a esposa de Silvio. “Eu já era conhecida bem antes de ser cunhada dele. Eu já era a Christina, apresentadora do SBT. Quando me tornei cunhada, só me ferrei (risos)”, disse a famosa recentemente no Programa de Todos os Programas, no Youtube.

Aliás, Christina Rocha tem mágoa, mas não é com Silvio Santos:

De fato, a apresentadora sempre quis vencer pelos seus méritos (Créditos: Reprodução/SBT)

De fato, a apresentadora sempre quis vencer pelos seus méritos (Créditos: Reprodução/SBT)

Há décadas na televisão, Christina abriu o jogo em entrevista para o Notícias da TV e reclamou de nunca ter sido nem indicada para o Troféu Imprensa, premiação exibida pela SBT e apresentada por Silvio Santos.

“Só acho estranho uma pessoa que está há dez anos no ar não ser indicada a um Troféu Imprensa. Não sei o que acontece. Eu acho que eu merecia pelo menos ser indicada. Tem gente que ganha mas não está nem no ar. Esse ano juro por Deus que eu nem vi”, afirmou ela em 2019.

Comente com seu Facebook

Continue Reading

Colunas

Aqui Agora de volta, nova versão do Dr. Hollywood na TV e mudanças no final de semana do SBT: O que pode acontecer na TV

Published

on

Será que o jornalístico Aqui Agora ainda tem espaço na programação do SBT? (Créditos: Reprodução/Montagem)

Será que o jornalístico Aqui Agora ainda tem espaço na programação do SBT? (Créditos: Reprodução/Montagem)

Muito tem se falado sobre as possíveis mudanças na programação do SBT para 2023. O retorno do Aqui Agora, um clássico do jornalismo, foi cogitado internado no finalzinho de janeiro, mas não chegou a ser confirmado pela direção da emissora. Aliás, falava-se que o canal colocaria o extinto telejornal antes do SBT Brasil.

+ Mel Maia brilha em Vai na Fé e Record despenca com Vidas em Jogo: EM ALTA/EM BAIXA

Apesar de toda especulação, o SBT não deve apostar no policialesco que fez bastante sucesso no passado. Outras tentativas fracassadas de reviver o programa são prova de que nem sempre o que se deu bem lá atrás alcançará a ‘glória’ no momento atual. Foi para a gaveta mais uma vez.

Dr. Hollywood já fez muito sucesso na RedeTV (Créditos: Divulgação)

Dr. Hollywood já fez muito sucesso na RedeTV (Créditos: Divulgação)

Além do Aqui Agora, um outro programa clássico pode voltar ao ar em 2023. Depois de fazer sucesso e obter grande audiência na RedeTV, o Dr. Hollywood pode voltar para a televisão. Dr Rey, que comanda a atração, estaria negociando com a Rede Brasil para ocupar as noites de terça-feira. É ver para crer!

Aqui Agora de volta, nova versão do Dr. Hollywood… e mudanças na programação do SBT:

Muitas novidades devem surgir na programação do SBT após o Carnaval. Silvio Santos, que também é uma espécie de diretor de programação, já decidiu que pretende mexer nos finais de semana da emissora paulista, que não consegue mais vencer a Record com tanta facilidade no ibope.

+ Enfim, Ana Hickmann pega todo mundo de surpresa e surge no hospital: “Problema que já atrapalhou”

Desse modo, o patrão pretende turbinar a grade com: Rebeca Abravanel nas tardes de sábado; um novo produto antecedendo o Domingo Legal com Celso Portiolli; e a saída do Raul Gil. Todas as informações são do blog Aqui Tem Fofoca.

Comente com seu Facebook

Continue Reading

Colunas

Mel Maia brilha em Vai na Fé e Record despenca com Vidas em Jogo: EM ALTA/EM BAIXA

Published

on

Mel Maia vive a personagem Guiga na novela Vai na Fé (Créditos: Reprodução/TV Globo)

Mel Maia vive a personagem Guiga na novela Vai na Fé (Créditos: Reprodução/TV Globo)

EM ALTA: Mel Maia brilha em Vai na Fé

De fato, a novela Vai na Fé já conquistou boa parte do público que havia desistido de assistir novelas na faixa das 19h. A trama da autora Rosane Svartman tem todos os elementos que uma trama precisa, além de uma boa história central. Mel Maia está no elenco e vem brilhando.

+ Enfim, Ana Hickmann pega todo mundo de surpresa e surge no hospital: “Problema que já atrapalhou”

A influenciadora Guilhermina de Alcântara Azevedo, a Guiga, caiu como uma luva para a atriz, que até aqui ainda não havia interpretado uma personagem com tantos elementos. Aos 18 anos, a jovem prova que sabe atuar e que está pronta para personagens maiores. Alô Globo, cadê a Mel de protagonista? Aguardamos.

Enquanto Mel Maia brilha em Vai na Fé, reprise de Vidas em Jogo vira flop na Record (Créditos: Reprodução/Montagem)

Enquanto Mel Maia brilha em Vai na Fé, reprise de Vidas em Jogo vira flop na Record (Créditos: Reprodução/Montagem)

EM BAIXA: Record erra com reprise de Vidas em Jogo

Para comemorar os 70 anos da Record, a direção da emissora paulista decidiu reprisar a novela Vidas em Jogo, um dos sucesso do canal na década de 2010. Programada para o segundo horário de novelas da noite, às 21h45, a trama da autora Cristianne Fridmann demonstra não ter sido uma boa escolha.

+ SBT: Apresentador no olho da rua? Ele abre o jogo e fala toda a verdade

Na segunda-feira (30), dia da reestreia, Vidas em Jogo fez a Record perder 9% do público no horário. Apesar de ter feito grande sucesso no passado e ser uma das mais lembradas pelo público da emissora, a trama não tem mais forças para brigar com a concorrência, que vem tirando bastante proveito.

Vale salientar que a culpa é da própria Record que usou a faixa, por muito, para exibir apenas folhetins bíblicos, seja inédito ou reprise. Em resumo, o público desacostumou. Porém, o canal de Edir Macedo possuí outros títulos mais chamativos e menos reprisados para colocar no ar. Aproveitando a onda do remake de Pantanal, por que não reexibir Bicho do Mato (2006)? Vai que cola!

*A opinião compartilhada não necessariamente remete a ponto de vista do site Ocanal.

Comente com seu Facebook

Continue Reading

⚡EM ALTA